Os três meses de férias de verão era uma realidade paralela que se instalava em suas vidas, naqueles meses que passavam na antiga fazenda, aquelas crianças podiam explorar em profundidade a existência plena, jamais em qualquer outro lugar poderiam ir tão longe, tão fundo, sem precisar se preocupar com qualquer coisa além dos próprios interesses.
A regra era simples, tinham que estar em casa antes de escurecer, simples assim, talvez, em algum momento tenha sido lembrado que não deveriam se meter em confusão, mas essa, cada um interpretou a sua maneira, afinal o quê é confusão para crianças que andam soltas o dia todo?
Numa tarde quente, as crianças cheias de idéias na cabeça e energia para gastar, resolveram fazer uma expedição pesqueira ao grande lago, acreditavam que ali haveria de ter muito peixe, juntaram as tralhas, passaram pelo mata-burro, atravessaram a linha do trem, subiram pelo bambuzal chegaram, finalmente à margem esquerda do lago, estavam zanzando por lá, procurando o melhor lugar para se instalarem.
Foi exatamente nesse instante que alguém olhou para dentro do lago, bem perto a margem, qual não foi a surpresa, havia ali bem ao alcance das mãos, afundado naquelas águas escuras uma canoa!
Aquilo era um verdadeiro presente, no mesmo instante eles esqueceram a pescaria, precisavam antes, do barco, uma pescaria embarcada, um verdadeiro sonho!
Havia uma corda amarrada ao barco, foi com ela que eles começaram a puxar, puxaram muito, foram momentos de grande tensão, e muita organização, uns puxavam daqui, enquanto outros empurravam de lá, precisaram de toda força disponível.
Quando finalmente conseguiram tirar o barco da água, perceberam que era preciso antes de colocá-lo na água, limpar, reparar e descobrir se estava furado.
Uma das crianças correu até a casa mais próxima, subtraiu umas vassouras, uma caixa de sabão em pó, e mãos a obra, lavaram com muito sabão, o barco ficou uma beleza, não estava furado coisa nenhuma, uma perfeição! Ninguém sabe o motivo do afundamento, mas sabiam o motivo do salvamento.
Agora eles tinham um barco, mas já não tinham sol, precisavam correr para casa, encostaram o barco numa árvore, no dia seguinte voltariam.
Além do azul profundo e o verde intenso daquela paisagem, eram as possibilidades que tornavam o lugar mágico, na volta para casa, fizeram os planos para o dia seguinte, logo cedo, iriam procurar uns remos, depois iriam pescar.
Na manhã seguinte, os sete ou oito meninos e meninas, correram até o barco.
Não havia nem sinal de barco, por obra de algum estraga-prazeres, o barco havia desaparecido, muito bravos, ficaram sabendo que o administrador havia mandado recolher e desmanchar a embarcação.
Se sete ou oito meninos e menias haviam se envolvido no resgate, agora eram uns quinze querendo tirar satisfações com aquele déspota, foram todos até a porta do escritório da administração tirar satisfações.
Foi explicado que aquele barco não oferecia segurança, que não era apropriado, etc e tal.... alguém acha que alguma dessas explicações foi suficiente para acalmar os ânimos? Claro que não, pensaram em vingar o pobre barco, mas logo mudaram de ideia.
Dias depois, os mesmo sete ou oito meninos e meninas apareceram em busca de cuidados médicos, durante a pescaria, o anzol de um foi descansar no dedo do outro, era preciso levar o estropiado ao hospital. O dono do anzol ficou muito preocupado, queria seu anzol de volta e estava quase arrancando o dedo do amigo, foi preciso dissuadir o moleque, prometendo que o anzol seria devolvido pelo médico depois do curativo!
A regra era simples, tinham que estar em casa antes de escurecer, simples assim, talvez, em algum momento tenha sido lembrado que não deveriam se meter em confusão, mas essa, cada um interpretou a sua maneira, afinal o quê é confusão para crianças que andam soltas o dia todo?
Numa tarde quente, as crianças cheias de idéias na cabeça e energia para gastar, resolveram fazer uma expedição pesqueira ao grande lago, acreditavam que ali haveria de ter muito peixe, juntaram as tralhas, passaram pelo mata-burro, atravessaram a linha do trem, subiram pelo bambuzal chegaram, finalmente à margem esquerda do lago, estavam zanzando por lá, procurando o melhor lugar para se instalarem.
Foi exatamente nesse instante que alguém olhou para dentro do lago, bem perto a margem, qual não foi a surpresa, havia ali bem ao alcance das mãos, afundado naquelas águas escuras uma canoa!
Aquilo era um verdadeiro presente, no mesmo instante eles esqueceram a pescaria, precisavam antes, do barco, uma pescaria embarcada, um verdadeiro sonho!
Havia uma corda amarrada ao barco, foi com ela que eles começaram a puxar, puxaram muito, foram momentos de grande tensão, e muita organização, uns puxavam daqui, enquanto outros empurravam de lá, precisaram de toda força disponível.
Quando finalmente conseguiram tirar o barco da água, perceberam que era preciso antes de colocá-lo na água, limpar, reparar e descobrir se estava furado.
Uma das crianças correu até a casa mais próxima, subtraiu umas vassouras, uma caixa de sabão em pó, e mãos a obra, lavaram com muito sabão, o barco ficou uma beleza, não estava furado coisa nenhuma, uma perfeição! Ninguém sabe o motivo do afundamento, mas sabiam o motivo do salvamento.
Agora eles tinham um barco, mas já não tinham sol, precisavam correr para casa, encostaram o barco numa árvore, no dia seguinte voltariam.
Além do azul profundo e o verde intenso daquela paisagem, eram as possibilidades que tornavam o lugar mágico, na volta para casa, fizeram os planos para o dia seguinte, logo cedo, iriam procurar uns remos, depois iriam pescar.
Na manhã seguinte, os sete ou oito meninos e meninas, correram até o barco.
Não havia nem sinal de barco, por obra de algum estraga-prazeres, o barco havia desaparecido, muito bravos, ficaram sabendo que o administrador havia mandado recolher e desmanchar a embarcação.
Se sete ou oito meninos e menias haviam se envolvido no resgate, agora eram uns quinze querendo tirar satisfações com aquele déspota, foram todos até a porta do escritório da administração tirar satisfações.
Foi explicado que aquele barco não oferecia segurança, que não era apropriado, etc e tal.... alguém acha que alguma dessas explicações foi suficiente para acalmar os ânimos? Claro que não, pensaram em vingar o pobre barco, mas logo mudaram de ideia.
Dias depois, os mesmo sete ou oito meninos e meninas apareceram em busca de cuidados médicos, durante a pescaria, o anzol de um foi descansar no dedo do outro, era preciso levar o estropiado ao hospital. O dono do anzol ficou muito preocupado, queria seu anzol de volta e estava quase arrancando o dedo do amigo, foi preciso dissuadir o moleque, prometendo que o anzol seria devolvido pelo médico depois do curativo!
4 comentários:
Adorei! sua versao, eu como prtagonista de tal evento nao poderia descrevelo de forma mais sucinta e clara.
Muito obrigado por trazer minhas lembrancas de forma bem humorada e esclarecida!
Paola,
Viajei na sua história. Que delícia relembrar a infância. Com é bom ser moleque. Senti uma saudadezinhas.
um beijo
Gente! Assim eu coro!
bjs
PAola
Adorei tb....na verdade eu me lembro desta historia!!!!é uma delicia relembrar....um bj...
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