Antigamente, antes dos amplificadores de som e dos shoppings, as pessoas passeavam em praças, para garantir a animação a música ao vivo era fundamental, por isso nas praças, haviam coretos, lembra da música? "Todo domingo havia banda,
No coreto do jardim, E já de longe a gente ouvia, A tuba do Serafim...". Esse coreto ai deve ter sido sucesso, nesse tempo, em volta dos coretos a onda era o "footing", quando moças andavam para um lado e os moços para o outro e eles ficavam se paquerando, sem muita conversa, eu creio. Minhas avós falavam muito do tal do "footing", chegaram a dizer que nós fazíamos footing no shopping... acho que elas tinham razão, era "footing" aqueles passeios nos shoppings.
Esse coreto me chamou atenção, em pleno centro de São Pauloapesar da aparente calma esse fica na Praça da República. Isso é apenas um recorte, enquanto batia a foto o trânsito na Avenida Ipiranga, daquela outra música, "Alguma coisa acontece no meu coração, Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João, É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi", continuava pesado, sem trégua, para chegar ao Metro é preciso passar por ele, mas ao entrar na estação a imagem se transforma e um mar de gente, com pressa, gente que nem olha para o lado simplesmente tenta chegar ao seu destino, seja ele o Tucuruvi, Vila Prudente, Santana ou Butantã.
Esse coreto me chamou atenção, em pleno centro de São Pauloapesar da aparente calma esse fica na Praça da República. Isso é apenas um recorte, enquanto batia a foto o trânsito na Avenida Ipiranga, daquela outra música, "Alguma coisa acontece no meu coração, Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João, É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi", continuava pesado, sem trégua, para chegar ao Metro é preciso passar por ele, mas ao entrar na estação a imagem se transforma e um mar de gente, com pressa, gente que nem olha para o lado simplesmente tenta chegar ao seu destino, seja ele o Tucuruvi, Vila Prudente, Santana ou Butantã.
O centro da cidade está muito mal-tratado, além das centenas de imóveis desocupados, depredados, mendigos jogados pelas ruas, o cheiro acre é uma constante, tudo parece abandonado. Muitas lojas vendem artigos populares, lanchonetes, há sebos, alguns cinemas, alguns hotéis, e o mais interessante, ainda existem prédios residenciais, alguns muito bem cuidados com letreiros lustrosos sobre a entrada.
Essa cidade é um mundo cheio de contrastes, impressionante, ao entrar no Metro a atmosfera claustrofóbica nos envolve, desejo a luz do sol, o azul, mesmo que acinzentado do céu. Ao chegar na plataforma a espera é mínima, três estações mais tarde, uma boa caminhada por um labirinto de corredores uniformes, alguns lances de escadas rolantes e catracas, finalmente a Av Paulista surge majestosa.
Imaginava que apesar do cenário semelhante o cheiro fosse menos ácido, mas é o mesmo, impiedoso. No outro dia chegando para minha aula de Yoga presenciei uma cena improvável, um sabiá preso entre uma grade e uma janela, o coitadinho não conseguia sair, um amigo dele estava tentando dar ideias que de nada adiantava, e o sabiá pulava para um lado e para o outro e nada, até que finalmente deu um salto no vão em direção ao chão, a queda se transformou em voo e dali ele voltou para o verde das árvores.
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