Adelaide, ai como eu me irrito com motorista folgado! Tem gente que
só sabe falar mal de carro caindo aos pedaços, mas os motoristas dos
carrões, ai, Adelaide , como são folgados!
Imagine, eu estava
voltando para casa, vinha pelos Jardins, ali na rua México, aquele
trânsito de dar dó, de repente escuto- pééé-pé-pé - o sinal estava
fechado, não tinha solução. Eu era a primeira da fila, assim que o sinal
abrisse eu ia... aparece um carrão, preto, enorme... eu estava com a
janela aberta, eu vivo de janela aberta, eu não devia, eu sei, Adelaide,
mas eu tenho calor, me sinto afogada, a janela do carrão estava
fechada, claro, mas eu falei assim mesmo - que coisa feia, um carrão tão
caro com um motorista tão sem educação! Ele não estava ouvindo e se
estivesse não acharia que era para ele - mas o segurança escutou - foi
ai que eu vi o carro com quatro seguranças atrás - o segurança, como se
quisesse justificar falou - Emergência, senhora, emergência!
Que
mentiroso, Adelaide! Respondi para o segurança, - só se for para tirar a
champanhe do gelo, se ele tem pressa deveria andar de ambulância- já
imaginou, Adelaide? - abriu o sinal o carro saiu zunindo, os seguranças
atrás.
Ontem, estava voltando para casa, no mesmo bat-lugar, na
mesma bat-hora, adivinha quem vinha feito louco pela rua, o mesmo carro
preto com os mesmos seguranças!
Dessa vez acho que a emergência era outra... quem sabe abrir a lata de caviar!
2 comentários:
O pai do mocinho que morreu atropelado na Vila Madalena há um mês disse: "Eles compram estes carros blindados e enormes para se proteger dos assaltantes, para ter segurança. Mas, a questão é, quem nos protege destas pessoas dirigindo estes carros?".
Disse tudo"
A emergência deve ser pra tirar a mãe daquele lugar, sabe? :)
Beijos.
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