sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Emergência! Emergência?

Adelaide, ai como eu me irrito com motorista folgado! Tem gente que só sabe falar mal de carro caindo aos pedaços, mas os motoristas dos carrões, ai, Adelaide , como são folgados!
Imagine, eu estava voltando para casa, vinha pelos Jardins, ali na rua México, aquele trânsito de dar dó, de repente escuto-  pééé-pé-pé - o sinal estava fechado, não tinha solução. Eu era a primeira da fila, assim que o sinal abrisse eu ia... aparece um carrão, preto, enorme... eu estava com a janela aberta, eu vivo de janela aberta, eu não devia, eu sei, Adelaide, mas eu tenho calor, me sinto afogada, a janela do carrão estava fechada, claro, mas eu falei assim mesmo - que coisa feia, um carrão tão caro com um motorista tão sem educação! Ele não estava ouvindo e se estivesse não acharia que era para ele - mas o segurança escutou - foi ai que eu vi o carro com quatro seguranças atrás - o segurança, como se quisesse justificar falou - Emergência, senhora, emergência!
Que mentiroso, Adelaide! Respondi para o segurança, - só se for para tirar a champanhe do gelo, se ele tem pressa deveria andar de ambulância- já imaginou, Adelaide? - abriu o sinal o carro saiu zunindo, os seguranças atrás.
 Ontem, estava voltando para casa,  no mesmo bat-lugar, na mesma bat-hora, adivinha quem vinha feito louco pela rua, o mesmo carro preto com os mesmos seguranças!
Dessa vez acho que a emergência era outra... quem sabe abrir a lata de caviar!

2 comentários:

Renata Felinto disse...

O pai do mocinho que morreu atropelado na Vila Madalena há um mês disse: "Eles compram estes carros blindados e enormes para se proteger dos assaltantes, para ter segurança. Mas, a questão é, quem nos protege destas pessoas dirigindo estes carros?".
Disse tudo"

Kenia Mello disse...

A emergência deve ser pra tirar a mãe daquele lugar, sabe? :)
Beijos.