Assisti, no domingo, parte do documentário "Nação Digital", sobre a maneira como se está lidando com os avanços tecnológicos da internet, na Coreia, nas escolas do Japão, dos Estados Unidos, sobre como foi possível mudar a relação dos jovens com a escola, usando computadores, essa foi a parte que eu mais gostei. Mostram a experiência de uma escola que se transformou quando entregou para cada aluno um computador, ah! você vai dizer, os alunos acalmaram mesmo, ficam o dia todo no Facebook, pois é, aí que está a surpresa, a escola tem uma proposta de trabalho, baseada em projetos, baseada em registros individuais em blogs e os comentários dos colegas fazem parte dessa estrutura, a idéia é compartilhar, claro que os alunos conseguem burlar regras, mas isso não é exclusividade da tecnologia, quando eu estava no segundo grau só não tinha celulas, computador, ou msn, mas as conversas paralelas eram via bilhetinho voador, papelzinho viajante, tanto faz a gente se comunicava... até piscando a gente passava cola!
Na década de 90, dávamos os primeiros esse sentido, buscávamos uma maneira de juntar crianças e computadores, na verdade, faltava-nos intimidade com a tecnologia, quantas e quantas vezes as crianças apresentavam questões inimagináveis para nós, por isso fui fazer um monte de cursos... as crianças, sempre mais abertas e mais espertas logo ficaram entediadas com aquelas aulas sem lógica, passaram a dominar os computadores à sua maneira, caoticamente, seguindo seus desejos, ora brincando, ora fuçando, sem medo de estragar, sem medo de travar, simplesmente experimentando cada uma das possibilidades, logo percebeu-se que o caminho era outro, muito mais simples, contato, simples assim...
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