A original tem outra proporção. Essa é o piso de uma casa, provavelmente da década de 60, no Alto de Pinheiros onde está acontecendo uma mostra de arte, o Aluga-se.
Mas essa imagem está ai por uma razão...
Eu acho que eu já contei aqui, em algum lugar, a história das minhas primeiras lembranças, uma, muito clara, com data e tudo, a noite em que eu dormi na casa da minha bisavó,
lembro até do cheiro daquele dia, cheiro de lençol de linho lavado na mão...
A outra, descobri outro dia é um pouquinho mais remota, no máximo nove meses mais antiga, afinal minha mãe ainda estava grávida da minha irmã.
Durante toda minha vida eu pensava que eu tinha sonhado com um passeio em Copacabana, sonhado, afinal eu não lembrava de nada além da calçada. Descobri que fui sim, bem pequena para o Rio, com minha avó... sendo assim, a lembrança é real, uma brincadeira de pisar apenas nas pedras brancas, ou pretas...
Essa é uma foto do projeto de uma das obras expostas, segundo a artista, muitas pessoas acharam que parecia uma mensagem intergalática, coisa assim, eu não, pensei numa coisa muito mais concreta.
Antigamente, quando as pessoas imaginavam que os recursos naturais eram inesgotáveis, costumavam usar muita madeira no acabamento das casas, em algumas o esmero era total...
Sempre gostei de padrões repetitivos, nos pisos, nas paredes... nas calçadas, dos mais diversos materiais, madeira, mármore, pedra.
Naquele tempo, antes do carpete e dos laminados, os assoalhos eram feitos de tacos de madeira, era o costume, arrumar os tacos em desenhos mais ou menos elaborados, eu curiosa como sempre fui, adorava acompanhar as linhas para descobrir onde tudo começava, ou encontrar desenhos escondidos... foi isso que o trabalho dessa artista me fez pensar... uma coisa bem chão.
Fico um tanto enjoada com a mania que muitas pessoas tem de dificultar a apreciação da arte, eu gosto de poder olhar e sentir, sem me preocupar em entender necessariamente, às vezes eu não entendo, apenas gosto, ou não, é assim que eu me relaciono com a arte.
às vezes acho que há uma tendência de confundir as coisas, nem tudo que se pendura numa parede, nem tudo que é pintado numa tela é arte, às vezes é decoração.
Arte não precisa combinar com o sofá, de forma geral existe uma enorme dificuldade em definir os limites da arte.
Durante toda minha vida eu pensava que eu tinha sonhado com um passeio em Copacabana, sonhado, afinal eu não lembrava de nada além da calçada. Descobri que fui sim, bem pequena para o Rio, com minha avó... sendo assim, a lembrança é real, uma brincadeira de pisar apenas nas pedras brancas, ou pretas...
Essa é uma foto do projeto de uma das obras expostas, segundo a artista, muitas pessoas acharam que parecia uma mensagem intergalática, coisa assim, eu não, pensei numa coisa muito mais concreta.
Antigamente, quando as pessoas imaginavam que os recursos naturais eram inesgotáveis, costumavam usar muita madeira no acabamento das casas, em algumas o esmero era total...
Sempre gostei de padrões repetitivos, nos pisos, nas paredes... nas calçadas, dos mais diversos materiais, madeira, mármore, pedra.
Naquele tempo, antes do carpete e dos laminados, os assoalhos eram feitos de tacos de madeira, era o costume, arrumar os tacos em desenhos mais ou menos elaborados, eu curiosa como sempre fui, adorava acompanhar as linhas para descobrir onde tudo começava, ou encontrar desenhos escondidos... foi isso que o trabalho dessa artista me fez pensar... uma coisa bem chão.
Fico um tanto enjoada com a mania que muitas pessoas tem de dificultar a apreciação da arte, eu gosto de poder olhar e sentir, sem me preocupar em entender necessariamente, às vezes eu não entendo, apenas gosto, ou não, é assim que eu me relaciono com a arte.
às vezes acho que há uma tendência de confundir as coisas, nem tudo que se pendura numa parede, nem tudo que é pintado numa tela é arte, às vezes é decoração.
Arte não precisa combinar com o sofá, de forma geral existe uma enorme dificuldade em definir os limites da arte.
Um comentário:
Paola,gostei do seu texto, amanha conversaremos sobre o assunto!!!! vera.
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