sexta-feira, 12 de março de 2010

Sem Saída

Diziam os pessimistas que em alguns anos os horários de pico, no trânsito das grandes cidades, deixariam de existir e passaria a existir uma único congestionamento, não haveria escapatória, lamento informar é que o Congestionamento chegou, e pelo jeito para ficar.
As filas estão cada vez maiores, os caminhos alternativos já não funcionam, estão entupidos, também, de tanto tentar fugiir, os motoristas já experimentaram todas as alternativas. Ainda há os desavisados, condutores enlouquecidos que reclamam, fazem manobras radicais, mas apenas trocam uma fila pela outra, na tentativa de ganhar alguns preciosos minutos. Tudo ilusão, há uns vinte anos, o conto "Uns pelos outros" no livro "O admirável Mundo Louco", da Ruth Rocha, parecia exagerado, agora estamos quase chegando lá.
A fila de carros aumenta a cada dia, a olhos vistos, uma beleza, se o percurso que você pretende percorrer tem cinco quilômetros, pode contar meia hora, esse é o tempo e pronto, não adianta reclamar.
Dizem, e eu nem vou dizer quem, que a solução é deixar o carro em casa, ir de bicicleta ( e morrer atropelado na primeira esquina) usar o transporte público, acho uma graça, bem que eu gostaria, mas o transporte público aqui nas minhas bandas tem dessas coisas não, senhor, a gente nunca viu, só ouve falar, sabe? Aqui o transporte público não é suficiente, não atende a demanda de maneira satisfatória, as linhas são poucas.
A CET faz sua parte, para ajudar mudou a mão das duas principais ruas da região, e só, transformou o que era ruim numa coisa pior.
A indústria automobilística vende ilusões de liberdade, diz que lama faz bem, sonhos de um monte de coisas que não pura balela. A Ford, contratou a Maria Fernanda Cândido para dizer que da sua linha de montagem, sai um carro a cada setenta segundos!
Dizem que tudo vai parar pela quantidade de veículos na rua, mas o governo reduziu o IPI, nunca foi tão fácil comprar um carro.
Eu sei, até ai, nenhuma novidade, hoje, o trânsito estava muito mais denso que o normal, as filas maiores, muito maiores, deu tempo até de tirar essas fotos.
Bobeira achar que quando inaugurarem o metrô aqui nessas bandas, alguma coisa vai mudar, a gente segue devagar, bem devagarinho!

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