Lembraram da costureira que cortava as roupas no corpo, é isso mesmo, é difícil de explicar, a mulher pegava o tecido, toda falante, perguntava da família, ia medindo no corpo, e "tchan" cortava, media mais um pouco queria saber se a saúde da mãe ia bem, e outro "tchan"! Elas morriam de medo que a mulher estragasse o tecido, mas parece que era boa, voltaram várias vezes.
Lembraram de parentes distantes, das avós de uma e de outra, dos passeios na represa, das férias que passavam em Ibirá, dos detalhes do casamento de uma e dos detalhes do casamento da outra, das férias, já com quase todos os filhos em Atibaia, ai que delícia!
Contaram as histórias que ouviam suas avós contarem sobre a vida lá na aldeia de onde vieram.
Mais uma vez descobri, a história não era bem como eu havia entendido.... agora, acanhadíssima, fico com vergonha de contar minha versão dos fatos escutados.
Sorte minha que sempre posso contar com a palavra da minha irmã, que não me deixa mentir sozinha, e com o aval final do meu primo, tenho certeza que eles ouviram a mesma versão que eu, repetidas vezes, para garantir a veracidade, dessa vez vou pedir que me corrijam, se eu estiver enganada!
Minha avó contava, segundo minha memória infalível, a seguinte história:
Sua bisavó, como se isso fosse possível, era uma mulher lindíssima, que tinha uma pele branca, bem lisinha, sem nenhuma ruga (a bisavó, hein?), o segredo de beleza dela era bem simples, por sinal, ela tomava banho de leite, ficava imaginando ela carregando umas cinquenta garrafas de leite para encher a banheira, além disso ela dormia nua! A bisavó da minha avó!
O caso é que essa é uma figura mitológica na narrativa da minha avó que dizia que ela havia conhecido o marido na viagem para o Brasil, que o homem era casado, mas por ter se apaixonado pela linda moça, resolveu jogar a mulher do navio, para ficar com a outra!
Assim é que eu ouvi essa história, um conto de assustar criancinhas!
Segundo a versão, já filtrada, da minha tia, diz que a tal nona era fila de um "signore" lá na terra dela, muito bonita e também teimosa, se engraçou por um camponio, o pai soube expulsou a menina de casa, ela trabalhou para juntar dinheiro e viajou para o Brasil, na viagem, de fato conheceu um homem cuja mulher morreu durante a viagem, só depois que casou-se com ele. Ah! O mais importante, ela era linda mesmo, tinha a pele bem lisinha,sem rugas, dormia mesmo nua, já bem velhinha, enquanto fazia tricô, obrigava o marido ficar rezando o terço, se ele cochilasse ela gritava: "Vicentino, o terço!", a pele era branca como leite!
Quem diria! Ainda bem que não contei essa história para ninguém, já pensou que seria de mim? Além de ter uma avó que caiu da janela,teria também, uma nona safadinha que além de dormir nua passava o dia inteirinho ordenhando as vaquinhas para a noite tomar banho de leite!
Lembraram de parentes distantes, das avós de uma e de outra, dos passeios na represa, das férias que passavam em Ibirá, dos detalhes do casamento de uma e dos detalhes do casamento da outra, das férias, já com quase todos os filhos em Atibaia, ai que delícia!
Contaram as histórias que ouviam suas avós contarem sobre a vida lá na aldeia de onde vieram.
Mais uma vez descobri, a história não era bem como eu havia entendido.... agora, acanhadíssima, fico com vergonha de contar minha versão dos fatos escutados.
Sorte minha que sempre posso contar com a palavra da minha irmã, que não me deixa mentir sozinha, e com o aval final do meu primo, tenho certeza que eles ouviram a mesma versão que eu, repetidas vezes, para garantir a veracidade, dessa vez vou pedir que me corrijam, se eu estiver enganada!
Minha avó contava, segundo minha memória infalível, a seguinte história:
Sua bisavó, como se isso fosse possível, era uma mulher lindíssima, que tinha uma pele branca, bem lisinha, sem nenhuma ruga (a bisavó, hein?), o segredo de beleza dela era bem simples, por sinal, ela tomava banho de leite, ficava imaginando ela carregando umas cinquenta garrafas de leite para encher a banheira, além disso ela dormia nua! A bisavó da minha avó!
O caso é que essa é uma figura mitológica na narrativa da minha avó que dizia que ela havia conhecido o marido na viagem para o Brasil, que o homem era casado, mas por ter se apaixonado pela linda moça, resolveu jogar a mulher do navio, para ficar com a outra!
Assim é que eu ouvi essa história, um conto de assustar criancinhas!
Segundo a versão, já filtrada, da minha tia, diz que a tal nona era fila de um "signore" lá na terra dela, muito bonita e também teimosa, se engraçou por um camponio, o pai soube expulsou a menina de casa, ela trabalhou para juntar dinheiro e viajou para o Brasil, na viagem, de fato conheceu um homem cuja mulher morreu durante a viagem, só depois que casou-se com ele. Ah! O mais importante, ela era linda mesmo, tinha a pele bem lisinha,sem rugas, dormia mesmo nua, já bem velhinha, enquanto fazia tricô, obrigava o marido ficar rezando o terço, se ele cochilasse ela gritava: "Vicentino, o terço!", a pele era branca como leite!
Quem diria! Ainda bem que não contei essa história para ninguém, já pensou que seria de mim? Além de ter uma avó que caiu da janela,teria também, uma nona safadinha que além de dormir nua passava o dia inteirinho ordenhando as vaquinhas para a noite tomar banho de leite!
2 comentários:
Paola, cada vez que leio seus causos de família, mas tenho a certeza de que eles TÊM que virar livro!
São lindos, delicados, curiosos e gostosos demais de imaginar.
As duas versões da sua nona, são maravilhosas, mas confesso que a mulher jogada do návio, para ficar com a amante, é mais romântica(literariamente falando)! kkkkkkkkkkkk
Adoraria ouvir junto as conversas da sua família; quem sabe, beliscando bolinhos de chuva acompanhados de um chá,rs. Esse método da costureira é genial. Fico muito feliz que seus antepassados provinham da cidade tão vizinha - que por sinal, estou sempre por lá, em Legnano. São fatos que merecem ser registrados! Beijos
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