Fui tomada de assalto pela história da minha família, registros em sépia de um tempo que não vivi, mas conheço, grudados com cuidado num álbum resgatado do fundo de um baú qualquer, são histórias e casos contados e recontados, diferentes depoimentos para as mesmas ocasiões.
O conjunto de todas essas histórias misturadas à lembranças sem data constituem a essência da minha identidade, me reconhecer nos traços e feições dos que vieram antes, ainda impregnados em meus irmãos, filhos e sobrinhos, é a marca indelével de quem eu sou, é a certeza de que tenho, sei onde venho.
Estava devendo, faz tempo, uma foto do nono Beppe, com seu jeitão orgulhoso, de vovô coruja, cercado dos netos em um momento de descontração. A foto da nona já está aqui também.
Adoro o clima de intimidade que escapa da imagem, a neta cutucando o pescoço do vovô? O olhar sereno da vovó ainda que prestando atenção ao marido com um bebê em cada braço.
Olhando essa foto, acho que entendi, ele era mesmo brincalhão, eu que nunca entendi, afinal quando eu cheguei ele já tinha setenta e tantos anos, e a energia já não era a mesma.
Ela, tão doce, eu já contei por ai, uma vez eu disse para ela que o macarrão mais gostoso do mundo era o dela, não é que num instantinho ela fez um macarrãozinho só prá mim?
Puxei um fio solto do novelo da minha memória, talvez esse seja um momento daqueles que tudo que a gente precise seja só um pouco de colo.
Percebi, então, fui uma criança que conviveu bastante com a família, não é por acaso que tantas lembranças englobem a família!
O conjunto de todas essas histórias misturadas à lembranças sem data constituem a essência da minha identidade, me reconhecer nos traços e feições dos que vieram antes, ainda impregnados em meus irmãos, filhos e sobrinhos, é a marca indelével de quem eu sou, é a certeza de que tenho, sei onde venho.
Estava devendo, faz tempo, uma foto do nono Beppe, com seu jeitão orgulhoso, de vovô coruja, cercado dos netos em um momento de descontração. A foto da nona já está aqui também.
Adoro o clima de intimidade que escapa da imagem, a neta cutucando o pescoço do vovô? O olhar sereno da vovó ainda que prestando atenção ao marido com um bebê em cada braço.
Olhando essa foto, acho que entendi, ele era mesmo brincalhão, eu que nunca entendi, afinal quando eu cheguei ele já tinha setenta e tantos anos, e a energia já não era a mesma.
Ela, tão doce, eu já contei por ai, uma vez eu disse para ela que o macarrão mais gostoso do mundo era o dela, não é que num instantinho ela fez um macarrãozinho só prá mim?
Puxei um fio solto do novelo da minha memória, talvez esse seja um momento daqueles que tudo que a gente precise seja só um pouco de colo.
Percebi, então, fui uma criança que conviveu bastante com a família, não é por acaso que tantas lembranças englobem a família!
2 comentários:
Paola, então vc tem um DNA "cento per cento" italiano, por avós de ambas as partes! Olha, se alguém atribuiu o seu nonno de "muquirana", é provável que não o compreendeu. O povo do norte italiano é austero porque é racional e pragmático. Uma racionalidade(herdada tbém dos valores germânicos)que justificou o desenvolvimento econômico e financeiro de toda a região. De fato, a emotividade excessiva dos sulistas não agrada muito aos nortistas, que preferem a Ciência a religião. Eu me identifico com o povo do norte daquí. Beijos!
As lembranças fazem parte de uma imaginário profundo.. são pedaços do livro da vida..
belo Poost..
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