terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Mais um pouco de Tumitinhas




Se há uma coisa que eu adoro é entender o que se passa na cabeça de uma criança. Quando a filha-que-já-pode-votar tinha uns três anos, aconteceu uma coisa bem engraçada, estávamos saindo de casa e alguém pediu que ela chamasse o elevador, ela chamou, postou-se de frente à porta e gritou: "Elevador!" Isso é uma coisa que acontece só uma vez, logo a criança percebe, ou alguém conta que precisa apertar o botão. Desse dia em diante, já fiz o teste algumas vezes, com os outros filhos e alguns sobrinhos, não falha! Tem adulto que não entende o que está acontecendo, nem adianta explicar! Acho engraçado como os adultos ficam constrangidos com as demonstrações de ingenuidade e inexperiência das crianças, vivemos num mundo cheio de lições para se aprender, vamos com calma, né? Não precisa se afobar, não conheço nenhum ser com mais de cinco anos que não saiba acionar o elevador, ou usar, corretamente o telefone! No entanto, conheço gente bem grandinha que não sabe ligar o DVD, que não sabe mandar mensagem de texto pelo celular! Tudo é uma questão de uso!
O telefone tocou, era minha sobrinha, queria falar com sua mãe! Aqui é a casa da titia! Sua mãe está no trabalho!
Logo eu percebi, ela já está lendo! A mãe trabalha num lugar com nome parecido com o nome da prima, ela estava muito brava: "por que minha mãe escreveu esse nome aqui?" Agora que ela já sabe, liga todo dia para falar com a prima.
Já faz tempo, mas uma das crias chegou e me disse, estar vontade de comer "risólios"! Que é isso, criatura? Risólio, mãe, aquela coxinha de queijo, em forma de "olhos risonhos!", ah! risólis!
Perceber como o pensamento das crianças funciona, é uma arte, que se bem entendida, "resolve" um monte de confusões. Aqui em casa eu uso Suíta, da marca Doce Menor, mas assim como gilete e bombril,suíta é o nome da "coisa", marca que quando eu era pequena, era a única no mercado, então esse é o nome que eu uso. Uma vez o moleque foi na casa de um amigo, ele tinha uns cinco anos, a mãe do garoto perguntou com que ele queria o leite, ele queria com suíta, ela não sabia que era isso, o moleque não quis o leite.
Às vezes dá mesmo vontade de mudar o nome de alguma coisa conhecida, pelo nome que as crianças inventam, tem um vovô que só usa "põe" na comida, o nome genérico para queijo ralado e farinha, que a netinha usava para pedir o tal complemento.
Acho que , todos deveriam prestar bastante atenção ao que falam as crianças, podemos aprender muito com elas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, Paola! Bastou eu ficar um pouco fora do ar e já perdí um monte de posts! Vc tem razão. Se seguíssemos a lógica das crianças, muitos substantivos seriam facilitados. O meu sobrinho chamava o brócoles de "árvore pequena"(rs)e a outra dizia querer ser "dançora" qdo crescesse! Com a racionalidade delas, com certeza não estaríamos enfrentado esta maldita reforma ortográfica! Abços! LuMa