Tordilhe é um doce da tradição da minha família, reza a lenda que é do sul da Itália, da terra da minha avó, lá de Catanzzarro. Reza a lenda mesmo, pois na Itália, ninguém nunca comeu ou ouviu falar. Outras famílias italianas não usam essa receita nem como quitute de Natal, procurei no Google, nada, enfim, pode ser que seja uma invenção da minha avó. O mais próximo que conheço é o strofoli, mas não é igual.
Tordilhe é um doce bem apropriado para a época, do calor tropical, assim como doce de tracição européia, já que é feito de uma massa de batata, açúcar, farinha, fritos em forma de bolotas em azeite, depois de cozidos em vinho, ao final são afogadas em uma calda grossa de mel. Para elucidação a bolota fica bem dura e na hora de comer é preciso muita habilidade para que ela não pule do seu prato para o colo do convidado da frente, espalhando calda pelo caminho!
Coisinha à toa, principalmente se for uma das sobremesa de uma ceia de Natal com peru, tender, farofa e tudo mais, claro que ingerido depois da meia-noite!
Durante muitos anos a confecção dessa iguaria era envolta em um véu de mistério, minha avó fazia o tal doce quase às escondidas, parecia enterro de anão, ninguém nunca viu, depois meu avô começou a ser convocado para pilotar o frigideira enquanto minha avó dava forma aos solicitados bolinhos, aos poucos minha tia foi sendo incluída em tal tradição, afinal vovó já não era a mesma máquina de cozinhar que fora noutros tempos!
Com a morte da minha avó, minha tia trouxe o costume para a casa da minha mãe, e todas fomos iniciadas na arte do bom tordilhe, iguaria ovacionada, esperada com entusiasmo por toda família. Complicada e fazer, deixa um rastro de sujeira digno de nota e ainda por cima de difícil mastigação e impossível de comer sem talheres e prato.
Devo aproveitar o momento e o espaço para uma confissão, só me permiti a experimentar tal guloseima com mais ou menos vinte anos, aparência geral não me inspirava confiança, minha avó fazia tanta propaganda que eu fingia comer, sorte é que sempre havia um pudim de castanha para me salvar na hora agá.
Minha avó, que gostava muito do doce, não acreditava que eu não gostasse, acontece que eu tinha enxaqueca, e na minha infinita ignorância, achava que de algum modo, aquilo, assim como o amendoim e a pipoca, poderia me fazer muito mal, aos poucos, quando tive certeza que poderia controlar minimamente a enxaqueca, passei a degustar a tal receita, até propaganda fazia, mas confesso não era minha preferida.
Hoje posso dizer sem medo, sempre gostei muito mais de crustoli e de pudim de castanha, que de tordilhe e merengada, sou fã dos doces mais secos, menos melados.
Os costumes, aqui em casa mudaram um pouco, passamos a ser mais comedidas em relação ao cardápio natalino, afinal não há coisa mais chata que passar uma semana inteira almoçando e jantando as sobras da ceia e do almoço de Natal!
Tordilhe é um doce bem apropriado para a época, do calor tropical, assim como doce de tracição européia, já que é feito de uma massa de batata, açúcar, farinha, fritos em forma de bolotas em azeite, depois de cozidos em vinho, ao final são afogadas em uma calda grossa de mel. Para elucidação a bolota fica bem dura e na hora de comer é preciso muita habilidade para que ela não pule do seu prato para o colo do convidado da frente, espalhando calda pelo caminho!
Coisinha à toa, principalmente se for uma das sobremesa de uma ceia de Natal com peru, tender, farofa e tudo mais, claro que ingerido depois da meia-noite!
Durante muitos anos a confecção dessa iguaria era envolta em um véu de mistério, minha avó fazia o tal doce quase às escondidas, parecia enterro de anão, ninguém nunca viu, depois meu avô começou a ser convocado para pilotar o frigideira enquanto minha avó dava forma aos solicitados bolinhos, aos poucos minha tia foi sendo incluída em tal tradição, afinal vovó já não era a mesma máquina de cozinhar que fora noutros tempos!
Com a morte da minha avó, minha tia trouxe o costume para a casa da minha mãe, e todas fomos iniciadas na arte do bom tordilhe, iguaria ovacionada, esperada com entusiasmo por toda família. Complicada e fazer, deixa um rastro de sujeira digno de nota e ainda por cima de difícil mastigação e impossível de comer sem talheres e prato.
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Hoje posso dizer sem medo, sempre gostei muito mais de crustoli e de pudim de castanha, que de tordilhe e merengada, sou fã dos doces mais secos, menos melados.
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7 comentários:
Eis a rerceita do turdilli ( peguei num fórum que achei no google)
A calda podemos inventar, com açúcar e mel...
Ingredientes para las frituras
2 tazas de harina para todo uso
1/2 taza de aceite de oliva (o más segun el gusto)
1 chorrito de vino blanco
1/2 cucharadita de canela molida
1 pellizquito de nuez moscada
Procedimiento
Mezclar el aceite, el vino con la harina, agregar la canela y la nuez moscada, amasar durante 5 minutos,debe de quedar una masa que no se pegue en las manos
Hacer tiras delgadas de aprox, 1 cm y cortar trozitos, los cuales se van a freír en aceite neutro bien caliente, hasta que queden dorados
La salsa para bañarlos se puede hacer de higos, cocidos en azúcar y licuados o de piloncillo
espero que te queden buenos
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