sexta-feira, 9 de março de 2012

Felicidade nem um pouco Clandestina

Ao deitar meus olhos pela primeira vez em um livro do Saramago  me apaixonei perdidamente, depois do primeiro estranhamento, tudo fez sentido,  li tudo, os romances, os contos, as crônicas, os diários, os infantis, as peças de teatro, até a exposição no Tomie Otake eu fui visitar, com sua morte um vazio se abateu sobre mim, uma tristeza verdadeira.
Durante um tempo não tive vontade de ler nada, nada parecia razoável.
Sabia, por ter lido os Cadernos de Lazarote que o primeiro romance que ele escreveu ficou esquecido na gaveta do editor que não teve interesse em publicá-lo, quando veio o Nobel o tal editor procurou o Saramago interessado em publicar o tal livro. Saramago não quis, disse que quando morresse seus herdeiros que decidissem.
Eis que o livro surge em minhas mãos! Que deleite! Uma história bem tecida, sem pontas soltas, sem descrições desnecessárias com diálogos na medida certa, e para aqueles que dizem que não entendem seus textos por falta de pontuação, sim ele sabe usar a pontuação, com travessão e tudo!
Mais importante que a forma, é um Saramago que já conhece o ser humano profundamente, ainda acredita na humanidade mesmo sabendo de tudo que ela é capaz.

Um comentário:

Luma Rosa disse...

A pontuação nem sempre beneficia o texto. Atualmente temos pressa até para ler, que as vírgulas estão caindo de desuso.

Paola, vim lhe trazer um convite, pois você já participou de edições anteriores do BookCrossing Blogueiro e como simpatizante que é, lhe chamo para mais uma vez participar dessa empreitada!

Vamos libertar os livros da clausura das estantes escuras? :)

Este ano, o prazo de postagem foi aumentado para uma semana para que todos possam participar com calma!

Dá uma olhadinha lá no "Luz" e veja se anima!!

Beijus,