quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

De onde venho? Registros e legendas...






Vi na banca de jornal, a capa da Superinteressante fiquei pensando...
Meu pensamento não é linear, cartesiano, racional, sou associativa, emotiva, a cada estímulo meu pensamento viaja um montão, são sensações, sentimentos, cheiros e cores.
Acho que minha memória espetacular para acontecimentos remotos, não sou tão boa assim com lista de tarefas, por exemplo, mas isso não vem ao caso, estou pensando nessa memória retroativa de fatos antigos ou pelo menos distantes.
Sou tão Pollyana, sempre vendo o "lado rosa da força", essa é minha interpretação livre, transformadora, do meu jeito de ver as coisas, (até hoje, mesmo tendo assistido a saga toda, em ordem cronológica, da história e do lançamento nos cinemas, mais de uma vez, tenho dificuldade em entender quem é pai de quem - se você não sabe do que estou falando é só clicar aqui!) tudo isso para dizer que lembrei de uma palestra que assisti em 2005, mais um prova de que tudo na vida tem uma razão, naquele ano estava trabalhando numa escola que não respondia, em nada, às minhas necessidades, nem expectativas, eu era o peixe fora d'água, mas apesar da tortura que vivi, tive o prazer de assistir a esse professor de psicologia, de quem não sei o nome, que falava sobre a fenomenologia (que é uma parte da filosofia).
Naquele dia ele usou o livro " A morte de Ivan Ilitch" de Liev Tolstoi para descrever o que a  fenomenologia ou ele chamava de "queda", fiquei com aquilo na cabeça, sai procurando o livro, demorou, até que achei, li, me encantei, entendi que o professor queria dizer sobre a queda.... em pouquíssimas palavras é o jeito negativo de encarar a vida, achando que nada tem solução,  às vezes fico me olhando para ver se não estou numa situação dessas, entregue! Esse não é um traço em mim!
Me perco em tantas constatações e surpresas, às vezes  por lembrar, às vezes por esquecer....
Interessante é que a sensação fica ativa, há muitos anos, uma amiga da minha avó, daquelas do tempo do primário, pediu que ela a ajudasse a encontrar um lugar para internar a irmã, minha avó, que adorava passear aceitou e ainda levou minha irmã e eu para a tal aventura. Visitamos umas cinco casas de repouso, cada uma com um defeito, a primeira, nunca esqueço do que pensei, era no Pacaembu, bem na frente do cemitério do Araçá...  para ficar mais fácil na hora de enterrar? - eu acho que eu não falei, mas pensei sim! Elas acharam o lugar muito barulhento. Depois fomos até Santa Isabel, Atibaia e um lugar que eu não sabia onde era, até que passei a transitar pela Granja Viana com certa frequência, um dia aparece na minha frente um prédio majestoso, num terreno enorme! Era esse o lugar que fomos com a Dona Irma (ela era xará da minha avó).
Muitas vezes fico intrigada, serão memórias, lembranças ou invenções? Tenho certeza que algumas coisas se apagaram para sempre, sempre há os momentos que fazemos questão de esquecer, outros não, ficam circulando, esperando o momento de voltar.
Quando li a capa da revista, identifiquei uma proposta de vida, talvez o artigo esteja embasado em dados científicos, pesquisas, eu processei a informação e entendi que cada um constrói suas lembranças da maneira que achar melhor... meio esquisito, parece meio doentio, mas acho que podemos suavizar a vida, lembrar das coisas como momentos que nos impulsionam a nos transformar, sair do comodismo ou das atitudes paralisantes e se transformar.
De uns tempos para cá tenho percebido em mim uma atitude diferente frente aos percalços da vida, tenho tentado entender a situação de uma maneira menos emocional, será que estou sendo, ou será que sempre fui "fenomenológica?". Isso na verdade pouco importa!
Sinto que cada vez que procuro em mim as explicações sobre que sou eu, mais eu me reconheço, entendo que minha vida é resultado das minhas escolhas, minhas atitudes,  isso pode parecer assustador, mas acho reconfortante, sei que não fui levada a nada, não sou vítima de ninguém, sou  resultado de mim mesma!
Numa consulta ao portal "Somos todos um", a numerologia me disse que 2012 é o ano "dos pés no chão e das mãos na massa" e o horóscopo me presenteou com essas palavras "comece a colocar no papel seus planos para 2012, que certamente ocorrerão de maneira súbita, causa
ndo verdadeiras revoluções em sua vida! Concentre-se em seus objetivos e não desperdice o seu tempo chorando sobre o leite derramado!"
Acho que só volto aqui no ano que vem! Que 2012 seja um ano maravilhoso para todos!

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