Percebendo costumes antigos que deixaram de ser tão perceptíveis, as redes de mulheres continuam fortes entre nós.
Num mundo moderno e tecnológico como esse que vivemos, muitas vezes, a sabedoria dos antigos é rejeitada, dispensada.
Estou num momento sensível, um pouco "Pequeno Príncipe" ( que eu li com 12 anos), "o essencial é invisível aos olhos, tu te tornas eternamente responsável pelo aquilo que cativas", (minhas filhas caçoam de mim, vira e mexe eu uso algumas frases do livro, elas nem ligavam, até que fomos assistir um balé que se inspira na obra de Antoine de Saint-Exupéry
, como a caçula falou... eles usaram todas as minhas frases!).

Estou pensando isso de graça? Do nada? Não, estou observando isso em várias situações, hoje, no blog Porque não dancei, (vai lá, dá uma olhada, se você não se debulhar em lágrimas é melhor procurar ajuda, você foi roubado, levaram seu coração) foi publicado um texto lindo sobre solidariedade que me fez lembrar de um texto que adoro, O Martelo das Feiticeiras da Rose Marie Muraro.
Nesse trecho - "Desde a mais remota antiguidade, as mulheres eram as curadoras populares,
as parteiras, enfim, detinham saber próprio, que lhes era transmitido
de geração em geração. Em muitas tribos primitivas eram elas as xamãs.
Na Idade Média, seu saber se intensifica e aprofunda. As mulheres
camponesas pobres não tinham como cuidar da saúde, a não ser com outras
mulheres tão camponesas e tão pobres quanto elas. Elas (as curadoras)
eram as cultivadoras ancestrais das ervas que devolviam a saúde, e
eram também as melhores anatomistas do seu tempo. Eram as parteiras
que viajavam de casa em casa, de aldeia em aldeia, e as médicas populares
para todas as doenças." - que eu estou pensando, esse poder de cuidado e cura desenvolvido pelas mulheres, e não sei se é a idade avançando que me faz observar essas coisas.

3 comentários:
Adorei este texto seu e o seu Blog.
Espero que possamos compartilhar experiências...
Monica,
Fico feliz por estar agradando!
Benvinda!
bj
PAola
Lindo texto Paola, sou fa também do Pequeno Principe, apesar de te-lo descoberto à pouco tempo. Boa sorte nesse caminho de aceitaçao...
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