Hoje é dia de aniversário da Filha-que-já-pode-votar, agora ela é uma adulta, isso não se discute!
O aniversário dela é meu também, hoje faz 21 anos que me tornei mãe, o maior de todos os desafios?
Quando me perguntam se eu trabalho, gosto de dizer que trabalho muito, mesmo que esteja desempregada, digo que sou produtora executiva de três projetos de desenvolvimento humano de longo prazo (acho que já escrevi isso em algum lugar, muito provavelmente aqui). Tem gente que não entende a brincadeira e fica imaginando mil coisas, eu não ligo, cada uma pensa o quê quer, a verdade é que pode parecer fácil e é, mas tudo depende de como você encara cada um dos desafios que os filhos trazem.
O primeiro de todos depois que se sai do aconchego da maternidade é se autorizar a tomar atitudes, tentar reconhecer os motivos do choro, pode ser frio, pode ser fome, pode ser dor, como saber? Acho que só a convivência, a sensibilidade e atenção, quanto mais se convive mais podemos saber a respeito dos próprios filhos.
Depois outros desafios se colocam, desde as preferências cotidianas até o trato com cada um, há filhos lacônicos, há filhos sensíveis, há filhos beijoqueiros, há filhos independentes, cada um é de um jeito, a mãe (o pai também, a avó, o avô, a tia, o tio, aqui estou falando da minha experiência de mãe) tem que saber como lidar com essas características, saber valorizar cada uma das características únicas de cada um.
Como em todo projeto de desenvolvimento de longo prazo, o produtor executivo tem a função de ter em mente os objetivos gerais do projeto, os objetivos específicos de cada etapa, os processos e as atividades de cada uma das fases, é praticamente um trabalho científico, saber que o que se valoriza hoje não deve ser observado amanhã (a criança com dois anos consegue usar o troninho, sabe pedir, todo mundo aplaude, mas a criatura cresceu... ninguém mais bate palminha quando vai ao banheiro sozinho.)
O Grande Desafio desse produtor executivo de desenvolvimento humano de longo prazo é fazer com que esse ser humano, atinja os objetivos, os conteúdos são as variáveis, mas objetivos não. O filho pode querer ser astronauta, pode querer ser médico, pode querer ser bailarino, pode querer ser qualquer coisa, mas tem que ser um astronauta, ou médico ou bailarino íntegro, comprometido, compromissado, autônomo, verdadeiro, respeitoso, determinado, carinhoso.
Sempre penso que meus filhos podem dar o rumo que quiserem às suas vidas, a vida em família é a intrumentalização, os mapas e bússolas que os levarão ao lugares que escolherem pelos caminhos do bem. No fundo só quero que meus filhos sejam pessoas bacanas, pessoas cooperativas que queiram crescer junto com outras pessoas, que consigam ter empatia pelo semelhante. Parece muito?
Um comentário:
E eu amanhã! YEAH!
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