Gostar, ninguém gosta, mas alguém tem que saber o que fazer na hora H.
Adelaide não gosta de velório, enterro, missa de sétimo dia, a energia é pesada, muita dor junta, mas ela vai, aprendeu com a avó, são os vivos que precisam de gente por perto.
Antigamente velório era coisa séria, não tinha essa coisa de enterrar no mesmo dia, ninguém trancava o velório e ia para casa dormir, muitos velórios eram na própria casa do falecido.
Costume antigo, quando chegava a notícia de alguma morte a avó de Adelaide já começava os preparativos, se o falecido fosse da família e estivesse no hospital ela provindenciava uma muda de roupa e mandava entregar.
Ia para a cozinha e fazia café para encher umas três garrafas, preparava uns sanduiches de queijo ou salame, que são mais difíceis de estragar, separava uma ou duas latas de biscoito, colocava tudo numa cesta. Não existia nenhum tipo de cantina nos velórios, o comércio em geral, abaixava as portas e só abria no outro dia.
Além do estômago, ela lembrava, também, do frio que faz à noite, juntava uns cobertores, um ou dois travesseiros, em minutos estava tudo pronto era só tocar para o endereço escolhido.
A Avó da Adelaide já sabia, tem defunto que é complicado, a família demora para fazer todas as vontades, ou são tantas vontades que atrasam os trâmites normais. Tem gente que é enrolada até quando morre, Adelaide tinha um tio que era atrasado por natureza, nunca chegava na hora, a família tentava enganá-lo, mas ele atrasava do mesmo jeito, nunca chegava na hora, nem no próprio enterro, por motivos variados o corpo chegou com um dia de atraso ao velório.
A avó da Adelaide, que tinha horror a atrasos, deixou tudo organizado, decidiu que morreria em casa, nada de hospitais nem de médicos, separou a própria roupa, explicou como proceder, foi dela que Adelaide herdou a praticidade.
Adelaide prefere os velórios dos velhos, quando eles morrem a são as lembranças que choram, a saudade de uma vida vivida.
Apesar de não gostar, já aconteceu de Adelaide ir a funerais acompanhar amigas, ou representando alguém impossibilitado de comparecer.
Adelaide não gosta de sanduíche de mortadela, e quê isso tem haver com o assunto aqui discutido? Se enganou que achou que a resposta era nada!
A avó da Adelaide contava que, depois do enterro, o pessoal que tinha passado a noite no velório, passava numa padaria e pedia sanduíche de mortadela para todo mundo, foi daí que veio sua repugnância ao famigerado lanche!
Além do estômago, ela lembrava, também, do frio que faz à noite, juntava uns cobertores, um ou dois travesseiros, em minutos estava tudo pronto era só tocar para o endereço escolhido.
A Avó da Adelaide já sabia, tem defunto que é complicado, a família demora para fazer todas as vontades, ou são tantas vontades que atrasam os trâmites normais. Tem gente que é enrolada até quando morre, Adelaide tinha um tio que era atrasado por natureza, nunca chegava na hora, a família tentava enganá-lo, mas ele atrasava do mesmo jeito, nunca chegava na hora, nem no próprio enterro, por motivos variados o corpo chegou com um dia de atraso ao velório.
A avó da Adelaide, que tinha horror a atrasos, deixou tudo organizado, decidiu que morreria em casa, nada de hospitais nem de médicos, separou a própria roupa, explicou como proceder, foi dela que Adelaide herdou a praticidade.
Adelaide prefere os velórios dos velhos, quando eles morrem a são as lembranças que choram, a saudade de uma vida vivida.
Apesar de não gostar, já aconteceu de Adelaide ir a funerais acompanhar amigas, ou representando alguém impossibilitado de comparecer.
Adelaide não gosta de sanduíche de mortadela, e quê isso tem haver com o assunto aqui discutido? Se enganou que achou que a resposta era nada!
A avó da Adelaide contava que, depois do enterro, o pessoal que tinha passado a noite no velório, passava numa padaria e pedia sanduíche de mortadela para todo mundo, foi daí que veio sua repugnância ao famigerado lanche!
Um comentário:
Paola, confesso, que atualmente não curto muito velórios, mas houve um tempo que para mim era como ir a festa, encontrava todo mundo, conversava, chorava e depois ia comer em algum retaurante. Po rque será que enterro sempre acaba em comilança?
Um beijo linda, gosto muito da Adelaide!
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