Adorava viajar, quando não havia uma viagem próxima programada ela dava um pulo no aéreoporto, só para respirar aquele arzinho cheio de vibrações internacionais.
Uma das coisas que ela mais queria na vida era levar os sete netos para uma viagem, o destino mudou um pouco ao longo dos anos, afinal naquele tempo viajar não era assim fácil como hoje.
Em 1987, quando todos os netos já estavm crescidos, maiores de idade ela resolveu concretizar seu sonho.
Um dia, chegou a notícia lá em casa, Vovó convidava os netos, filhos e nora para uma viagem à Buenos Aires, dali a poucos dias embarcaríamos para cinco dias em Buenos Aires e três em Bariloche. Ficamos espantados com tanta decisão...em minutos estávamos prontos para o embarque.
Meu pai e minha mãe declinaram do convite, suspeito que calcularam que teriam uma verdadeira lua-de-mel em casa mesmo... sozinhos uma semana! Isso nunca havia acontecido antes!
Tudo foi devidamente planejado, o transporte, hospedagem, roteiro, passeios, tudo! A danadinha conhecia mesmo Buenos Aires... Éramos dez, os quatro meninos, as três meninas, minha tia e meu avô e minha avó, em três quartos resolveríamos a questão, mas ela não gostava de miguelação, quartos duplos e pronto!
Os argentinos não conseguiam pronunciar nosso sobrenome, passamos a ser chamados de "Cavajari".
Durante o dia era teatro Colón, prá cá, Parque Palermo prá lá, muita calle Florida, Recoleta, Avenida Nove de Julho, Caminito, e todas as histórias que envolviam um único personagem, San Martin! Em poucas horas estávamos completamente enebriados pelo tango, pelo vinho, que era mais barato que coca-cola, pelos bifes de chourizo e pelas papas fritas. Compras, muitas compras, nessa viagem eu comprei muito! Ainda tenho alguns casacos e lenços que comprei por lá!
Na primeira noite, fomos a um show de tango numa casa enorme, um Canecão do Tango, que a guia nos indicou, minha avó não gostou, não, na noite seguinte resolveu nos levar a um show de tango de verdade, o lugar se chamava "El Viejo Almacén", um show lindo, passamos a cantar apenas tangos, todos, não sei como, nós sabíamos todos!
Numa noite fomos a um restaurante tipo pé-sujo, se é que em Buenos Aires isso seja possível, havia um cantor e alguns casais dançavam, minhas irmãs e eu, animadas pelo vinho, fomos fazer o acompanhamento dançante, a irmã bailarina mostrava o passo e nós acompanhávamos, até tentamos roubar o microfone, mas o homem não deixou! Nós cantávamos em coro mesmo.
A mais animada da turma era mesmo minha avó, que suspeito não dormia... bem cedo ela ligava para todos os quartos dizendo - "Olá", vamos a tal lugar....
Uma ano depois, ela avisou minha tia que já tinha cumprido sua missão na terra.
Acordei e lembrei que já são vinte e cinco anos dessa nossa viagem.
Mais cedo, minhas irmãs e eu fizemos uma brincadeira e encontramos no You Tube músicas que nos lembram a vovó, o vovô, dos dois juntos e muito de nossa infância. Um dia ainda escrevo um resumão da filosofia de vida da minha avó...
Ah! Aceito sugestões, além de imagens originais de nossas aventuras portenhas!
Uma das coisas que ela mais queria na vida era levar os sete netos para uma viagem, o destino mudou um pouco ao longo dos anos, afinal naquele tempo viajar não era assim fácil como hoje.
Em 1987, quando todos os netos já estavm crescidos, maiores de idade ela resolveu concretizar seu sonho.
Um dia, chegou a notícia lá em casa, Vovó convidava os netos, filhos e nora para uma viagem à Buenos Aires, dali a poucos dias embarcaríamos para cinco dias em Buenos Aires e três em Bariloche. Ficamos espantados com tanta decisão...em minutos estávamos prontos para o embarque.
Meu pai e minha mãe declinaram do convite, suspeito que calcularam que teriam uma verdadeira lua-de-mel em casa mesmo... sozinhos uma semana! Isso nunca havia acontecido antes!
Tudo foi devidamente planejado, o transporte, hospedagem, roteiro, passeios, tudo! A danadinha conhecia mesmo Buenos Aires... Éramos dez, os quatro meninos, as três meninas, minha tia e meu avô e minha avó, em três quartos resolveríamos a questão, mas ela não gostava de miguelação, quartos duplos e pronto!
Os argentinos não conseguiam pronunciar nosso sobrenome, passamos a ser chamados de "Cavajari".
Durante o dia era teatro Colón, prá cá, Parque Palermo prá lá, muita calle Florida, Recoleta, Avenida Nove de Julho, Caminito, e todas as histórias que envolviam um único personagem, San Martin! Em poucas horas estávamos completamente enebriados pelo tango, pelo vinho, que era mais barato que coca-cola, pelos bifes de chourizo e pelas papas fritas. Compras, muitas compras, nessa viagem eu comprei muito! Ainda tenho alguns casacos e lenços que comprei por lá!
Na primeira noite, fomos a um show de tango numa casa enorme, um Canecão do Tango, que a guia nos indicou, minha avó não gostou, não, na noite seguinte resolveu nos levar a um show de tango de verdade, o lugar se chamava "El Viejo Almacén", um show lindo, passamos a cantar apenas tangos, todos, não sei como, nós sabíamos todos!
Numa noite fomos a um restaurante tipo pé-sujo, se é que em Buenos Aires isso seja possível, havia um cantor e alguns casais dançavam, minhas irmãs e eu, animadas pelo vinho, fomos fazer o acompanhamento dançante, a irmã bailarina mostrava o passo e nós acompanhávamos, até tentamos roubar o microfone, mas o homem não deixou! Nós cantávamos em coro mesmo.
A mais animada da turma era mesmo minha avó, que suspeito não dormia... bem cedo ela ligava para todos os quartos dizendo - "Olá", vamos a tal lugar....
Uma ano depois, ela avisou minha tia que já tinha cumprido sua missão na terra.
Acordei e lembrei que já são vinte e cinco anos dessa nossa viagem.
Mais cedo, minhas irmãs e eu fizemos uma brincadeira e encontramos no You Tube músicas que nos lembram a vovó, o vovô, dos dois juntos e muito de nossa infância. Um dia ainda escrevo um resumão da filosofia de vida da minha avó...
Ah! Aceito sugestões, além de imagens originais de nossas aventuras portenhas!
2 comentários:
hey, isso foi bem por cime podia ter elaborado mais no aviao de BA para Bariloche que merece!
Pois é, ainda não cheguei lá!
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