Não sei qual era sua idade, mas parecia ser bem velhinha. Dona Isaura era a avó da Babu e da Keka, nossas vizinhas do lado. Era também, um tanto minha avó.
Era viúva e morava com a filha. Sempre vestida com discrição, saia de lã cinzenta, casaquinho de tricô, um camafeu fechando a camisa e o mais interessante eram as meias da dona Isaura, diferente de todas as outras meias que eu já havia visto, minhas avós não usavam aquelas meias, presas nas pernas por um elástico bem forte, parecia que prendia a circulação!
Era a dona da casa em exercício, lidava com a cozinha e tudo mais, até do Kuki, o cãozinho da família, ela cuidava.
Dona Isaura era uma figura presente na nossa vida, vira e mexe, quando minha mãe tinha dúvidas sobre algum assunto culinário, subia num banquinho e chamava Dona Isaura por cima do muro, queria saber o ponto de uma massa, a receita de um assado, era tudo com Dona Isaura.
Dona Isaura conversava com a gente, e como lá em casa não tinha telefone, quando alguém ligava ela vinha nos chamar, às vezes por cima do muro, às vezes não.
Esses dias lembrei da Dona Isaura. Talvez por ter passado ali no que sobrou da rua em que morávamos.
Ela contava que quando era pequena, ia com seus irmãos tomar banho no Tejo, ela morava longe e para chegar lá era preciso andar bastante, como se fosse dali onde estávamos, no Itaim até o Morumbi.
Dali onde estávamos, era possível enxergar parte o do tal do Morumbi.
Parecia tão distante, tão intocável, aquela montanha verde no horizonte, uma ou duas casas bem grandes na encosta.
Hoje, do lugar onde eram essas casas já não se pode avistar nem um pouquinho do Morumbi, mas eu sei que do muro onde ficávamos sentadas, víamos uma parte da Avenida Oscar Americano, onde fica o Hospital São Luis, e nem é assim tão longe...
O que fica mesmo é a lembrança daquela avó postiça tão atenciosa que morava ao lado.
Era viúva e morava com a filha. Sempre vestida com discrição, saia de lã cinzenta, casaquinho de tricô, um camafeu fechando a camisa e o mais interessante eram as meias da dona Isaura, diferente de todas as outras meias que eu já havia visto, minhas avós não usavam aquelas meias, presas nas pernas por um elástico bem forte, parecia que prendia a circulação!
Era a dona da casa em exercício, lidava com a cozinha e tudo mais, até do Kuki, o cãozinho da família, ela cuidava.
Dona Isaura era uma figura presente na nossa vida, vira e mexe, quando minha mãe tinha dúvidas sobre algum assunto culinário, subia num banquinho e chamava Dona Isaura por cima do muro, queria saber o ponto de uma massa, a receita de um assado, era tudo com Dona Isaura.
Dona Isaura conversava com a gente, e como lá em casa não tinha telefone, quando alguém ligava ela vinha nos chamar, às vezes por cima do muro, às vezes não.
Esses dias lembrei da Dona Isaura. Talvez por ter passado ali no que sobrou da rua em que morávamos.
Ela contava que quando era pequena, ia com seus irmãos tomar banho no Tejo, ela morava longe e para chegar lá era preciso andar bastante, como se fosse dali onde estávamos, no Itaim até o Morumbi.
Dali onde estávamos, era possível enxergar parte o do tal do Morumbi.
Parecia tão distante, tão intocável, aquela montanha verde no horizonte, uma ou duas casas bem grandes na encosta.
Hoje, do lugar onde eram essas casas já não se pode avistar nem um pouquinho do Morumbi, mas eu sei que do muro onde ficávamos sentadas, víamos uma parte da Avenida Oscar Americano, onde fica o Hospital São Luis, e nem é assim tão longe...
O que fica mesmo é a lembrança daquela avó postiça tão atenciosa que morava ao lado.
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