No dia 20 de junho de 1969, minha irmã caçula nasceu, minha mãe teve problemas no parto, correu risco, perdeu muito sangue. Ao sair da maternidade, foram direto para a casa da minha avó, a família achou por bem, que lá as duas, mãe e filha, seriam cuidadas como mandava o figurino, longe da confusão das outras crianças.
As coisas, em casa, estavam sob controle, outra avô, a que dirigia, tias, a mulherada toda estava lá de plantão, afinal eram quatro crianças muito pequenas, sem mãe.
Meu pai, sempre antenado, já estava prevendo o grande acontecimento, havia trazido para casa uma televisão que ligou lá no quarto deles. Naquele tempo, a televisão não era um aparelho assim tão importante, só aparecia em véspera de final de campeonato, e no dia que o homem pisou na Lua. Nós dormíamos muito cedo, mas naquele dia tudo foi diferente.
Minha mãe ainda estava na casa da minha avó, já era tarde, meu pai disse que eu ia ver uma coisa importante, e eu fiquei lá com ele, assistimos a chegada do homem à lua, na verdade, naquela hora eu não entendi nada, aquelas imagens sem nenhuma definição, não me diziam nada, mas eu sabia que aquilo era uma coisa muito grande, muito importante.
Minha avó ficou revoltada, dizia que ninguém podia incomodar os anjinhos do céu, meu pai arreliava com ela, dizia que São Jorge havia conhecido o verdadeiro dragão. No registro de nascimento da minha irmã ficou marcado , quem adivinhar ganha um doce, o dia da chegada do homem à Lua, se ele se enganou? Duvido. Naquele dia nós vimos, via satélite, a História acontecer.
Durante muito tempo esse foi o assunto preferido em todas as rodas de conversa, muito jornal, muita revista foi vendida, todas as casas tinham pelo menos uma Manchete com as fotos da extraordinária viagem, aos poucos, fui digerindo o significado de tal aventura, nunca duvidei da veracidade. Meu pai sempre foi ligado às questões da ciência, a matemática explica tudo e a tecnologia é algo palpável.
Demorei a perceber, durante todos esses anos eu sempre lembrei da data, como se de fato fosse um aniversário de alguém da família, pensando bem, acho que é sim uma data especial, é o dia que eu vi, bem juntinho do meu pai, a História acontecer.
As coisas, em casa, estavam sob controle, outra avô, a que dirigia, tias, a mulherada toda estava lá de plantão, afinal eram quatro crianças muito pequenas, sem mãe.
Meu pai, sempre antenado, já estava prevendo o grande acontecimento, havia trazido para casa uma televisão que ligou lá no quarto deles. Naquele tempo, a televisão não era um aparelho assim tão importante, só aparecia em véspera de final de campeonato, e no dia que o homem pisou na Lua. Nós dormíamos muito cedo, mas naquele dia tudo foi diferente.
Minha mãe ainda estava na casa da minha avó, já era tarde, meu pai disse que eu ia ver uma coisa importante, e eu fiquei lá com ele, assistimos a chegada do homem à lua, na verdade, naquela hora eu não entendi nada, aquelas imagens sem nenhuma definição, não me diziam nada, mas eu sabia que aquilo era uma coisa muito grande, muito importante.
Minha avó ficou revoltada, dizia que ninguém podia incomodar os anjinhos do céu, meu pai arreliava com ela, dizia que São Jorge havia conhecido o verdadeiro dragão. No registro de nascimento da minha irmã ficou marcado , quem adivinhar ganha um doce, o dia da chegada do homem à Lua, se ele se enganou? Duvido. Naquele dia nós vimos, via satélite, a História acontecer.
Durante muito tempo esse foi o assunto preferido em todas as rodas de conversa, muito jornal, muita revista foi vendida, todas as casas tinham pelo menos uma Manchete com as fotos da extraordinária viagem, aos poucos, fui digerindo o significado de tal aventura, nunca duvidei da veracidade. Meu pai sempre foi ligado às questões da ciência, a matemática explica tudo e a tecnologia é algo palpável.
Demorei a perceber, durante todos esses anos eu sempre lembrei da data, como se de fato fosse um aniversário de alguém da família, pensando bem, acho que é sim uma data especial, é o dia que eu vi, bem juntinho do meu pai, a História acontecer.
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