Houve um tempo que um rapaz que morava alguns andares para cima resolveu aprender a tocar guitarra, foi preciso pedir que ele não fizesse uso do instrumento depois das dez da noite.
Conheci o verdadeiro inferno este ano, o apartamento de cima, que já foi habitado por alguém deveras silencioso, depois, ficou um tempão desocupado, passou por uma reforma barulhenta, mas em horário comercial, agora está ocupado pelas pessoas mais barulhentas e sem noção que se têm notícia.
O piso do apartamento deve ser o próprio contra-piso, pois conseguimos escutar tudo, desde o despertar de simpática família, o arrastar dos móveis, os banhos e vassouradas no chão, e claro todos os passos, afinal eles devem usam tamancos em casa.
A família têm um cachorro, não um poodle, um maltês ou pintcher, cães que combinam as dimensões de nossa morada, eles têm, pasmem, um Afgã, isso mesmo, aquele peludão, que ao andar pela casa faz um barulho arranhado, como se alguém estivesse cavocando nosso teto. Quando o bicho vai comer, arrasta a cumbuca pelo chão, e nós dividindo o momento, a cada bolinha que jogam para o pequeno ser, nós aqui em baixo sentimos o impacto.
A menina, escandalosa que só, grita da sacada para todo mundo que ela conhece, inventou uma nova modalidade de bate-papo, via sacada, e fala a infeliz, além de andar de patinete dentro de casa.
De madrugada o barulho não pára, é tamanco para cá, é arranhação para lá, eu juro, pode ser a idade, mas é tão cansativo.
Nesse momento, por exemplo, estão jogando bolinha para o cão e alguém está sapateando, pulando amarelinha e corda, além da arrastação, insuportável, de móveis, tudo ao mesmo, ou seja, estou quase subindo lá e tendo uma conversa com a fulana, que deve ser surda!
Quando nos mudamos para cá, não se ouvia nada além do canto dos passarinhos. A cidade cresceu e nos alcançou, não dá para criar caso com isso, é possível conviver com o barulho das pessoas na piscina, é possível conviver com o barulho que vem da rua que foi aberta há poucos anos, é possível conviver com o rumor ensurdecedor da construção que está sendo erguida aqui nas nossas fuças, é possível conviver com um monte de coisas, difícil é ter sempre a impressão que o prédio vai cair no próximo impacto.
Vai ver que estou ficando mais chata que o normal, vai ver que barulho é a coisa mais normal do mundo! Na verdade, é melhor confessar, eu tenho alergia à barulho, e a alergia ataca mais à noite e aos sábados, domingos e feriados, será que existe uma vacina? Não vale dizer que eu tenho que ir morar no meio do mato! No momento não é uma opção válida, mas o futuro é o futuro!
Conheci o verdadeiro inferno este ano, o apartamento de cima, que já foi habitado por alguém deveras silencioso, depois, ficou um tempão desocupado, passou por uma reforma barulhenta, mas em horário comercial, agora está ocupado pelas pessoas mais barulhentas e sem noção que se têm notícia.
O piso do apartamento deve ser o próprio contra-piso, pois conseguimos escutar tudo, desde o despertar de simpática família, o arrastar dos móveis, os banhos e vassouradas no chão, e claro todos os passos, afinal eles devem usam tamancos em casa.
A família têm um cachorro, não um poodle, um maltês ou pintcher, cães que combinam as dimensões de nossa morada, eles têm, pasmem, um Afgã, isso mesmo, aquele peludão, que ao andar pela casa faz um barulho arranhado, como se alguém estivesse cavocando nosso teto. Quando o bicho vai comer, arrasta a cumbuca pelo chão, e nós dividindo o momento, a cada bolinha que jogam para o pequeno ser, nós aqui em baixo sentimos o impacto.
A menina, escandalosa que só, grita da sacada para todo mundo que ela conhece, inventou uma nova modalidade de bate-papo, via sacada, e fala a infeliz, além de andar de patinete dentro de casa.
De madrugada o barulho não pára, é tamanco para cá, é arranhação para lá, eu juro, pode ser a idade, mas é tão cansativo.
Nesse momento, por exemplo, estão jogando bolinha para o cão e alguém está sapateando, pulando amarelinha e corda, além da arrastação, insuportável, de móveis, tudo ao mesmo, ou seja, estou quase subindo lá e tendo uma conversa com a fulana, que deve ser surda!
Quando nos mudamos para cá, não se ouvia nada além do canto dos passarinhos. A cidade cresceu e nos alcançou, não dá para criar caso com isso, é possível conviver com o barulho das pessoas na piscina, é possível conviver com o barulho que vem da rua que foi aberta há poucos anos, é possível conviver com o rumor ensurdecedor da construção que está sendo erguida aqui nas nossas fuças, é possível conviver com um monte de coisas, difícil é ter sempre a impressão que o prédio vai cair no próximo impacto.
Vai ver que estou ficando mais chata que o normal, vai ver que barulho é a coisa mais normal do mundo! Na verdade, é melhor confessar, eu tenho alergia à barulho, e a alergia ataca mais à noite e aos sábados, domingos e feriados, será que existe uma vacina? Não vale dizer que eu tenho que ir morar no meio do mato! No momento não é uma opção válida, mas o futuro é o futuro!
5 comentários:
Ai, ai,ai, Paola, tadinha... Não dá pra rir, mas confesso, rí demais!!!
Compreendo PERFEITAMENTE este texto. A gente não quer ser antipática, mas o melhor mesmo é conversar com a mãe deles. Com calma e paciência, pra não levar uma revanche depois, nunca se sabe. Essa de criar um Afgã em apartamento foi demais. E eu aquí pensando que vc estivesse curtindo o silêncio da Páscoa, com São Paulo deserta! A minha vizinha, de uns 40 anos, é só, mas adora a música lírica e soltava a voz mesmo depois da meia noite. Além disso, deu de tocar flauta. Antes de ir trabalhar, lá pelas 7 da manhã, ela treina o instrumento sem parar. Todas as vezes que cantava ou tocava, meu marido e eu começávamos a tossir forte, bem exagerado, pra ela se tocar que havia gente do outro lado da parede. Até que 6 meses atrás, ela mandou duplicar a parede que nos divide. Ficamos um mês ouvindo os pedreiros que trabalhavam ao lado, mas agora estamos chegando ao purgatório. Agora é esperar que ela melhore a flauta ao 100% pra parar de treinar e entrarmos no paraíso!
* Aquí o feriado não é na sexta, mas na segunda-feira. A cidade está um paraíso sem ninguém. Beijos!
Paola,
já passei por isso, atualmente moro em uma casa de vila, tãaaao silenciosa que estranho, mas adoro isso.
Não suporto sons altos, cacofonia me irrita. Tenho até um texto em que falo: sou silêncios...
Quanto a esses vizinhos, o melhor é tentar uma conversa, se sentir que há espaço, de repente, não que vá silenciar tudo de vez, mas pode minimizar um pouco.
De uns tempos prá cá, resovi nnao agir, com vizinhos muito barulhentos a melhor coisa é esperar, sempre tem alguém que também se sente incomodado e toma uma providˆnencia antes que eu!
Eu já tive uma vizinha que era professora de piano e tocava em casamento, e apesar do piano o dia todo, não incomodava!
Por hora, estou esperando, pertubada, mas esperndo!
Saudade do silêncio!
Beijos
Dá veneno pro cachorro e pra crianca!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bjos! amei o blog e vc escreve muito bem alem de ser cômica!
Bem-vindo, Asnalfa!
Gostei da sugestão! Ainda ão vou por em prática, mas é boa!
Obrigado!
Paola
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