Ser mãe tem umas vantagens que aparecem quando os filhos crescem.
No sábado, a filha-que-já-pode-votar me convidou para assistir a um filme com ela, o "Promessas de um Novo Mundo", ela havia assistido na escola, na aula de História, já falava dele há tempos, estava decidida, eu deveria assistir. Resisti um pouco, não estava com vontade de ver coisas tristes, às vezes gosto de fingir que o mundo é todo lindo, levei uma bronca do tipo: como uma pessoa que se diz preocupada com a paz no mundo não quer ver coisas tristes? Ela estava certa, eu então assisti o filme todinho.
O filme começado, eu um pouco resistente, aquelas cenas de conflito, Jerusalém divida, de repente, as coisas mudam de figura e eu nem piscar o olho pude, crianças que vivem no meio daquela confusão começam a ser entrevistadas, como elas convivem com o conflito e com as restrições. Judeus, muçulmanos, palestinos, vivem tão perto, mas em mundos completamente diferentes. O discurso já está impregnado de ódio, sem uma ação pontual, nunca haverá solução. Um dos meninos quer conhecer o outro que mora do lado de lá da barreira, um gostava de jogar volei, o outro corria em provas de velocidade, o diretor do filme vai facilitando as coisas e eles se conhecem.
As crianças que se conheceram, passaram algumas horas juntas, brincaram, conversaram, ficaram amigos, há uma mudança no discurso delas. A proposta do diretor é tão interessante, já que propõe um entendimento da maneira mais simples possível, pela convivência.
No outro dia foi o Moleque apareceu com uma lição-de-casa, assistir ao filme "Peixe Grande", depois responder a uma questão baseada num trecho que diz que o poeta pode contar a verdade da maneira que lhe parece, e o historiador não pode omitir ou inventar fatos.
Acho que Peixe Grande é o filme mais otimista do Tim Burton, não tem aquele tom soturno, aquele humor macabro dos outros, é uma fábula sobre relações humanas.
O filho questiona o pai, julga suas ausências, desconfia das atitudes e duvida de suas histórias.
O pai já doente, convoca o filho, e em seus últimos dias de vida mostra ao filho a verdade como ele a entende.
No final das duas experiências eu estava emocionada, numa imaginando que o diálogo é a única forma de criar laços, de resolver problemas. Na segunda, percebi, quanto acreditar no outro é uma opção baseada no amor, na intimidade. O jeito de contar uma história é o jeito de perceber o mundo, na conversa e na confiança estão os segredos de um mundo melhor, quem sabe?
No sábado, a filha-que-já-pode-votar me convidou para assistir a um filme com ela, o "Promessas de um Novo Mundo", ela havia assistido na escola, na aula de História, já falava dele há tempos, estava decidida, eu deveria assistir. Resisti um pouco, não estava com vontade de ver coisas tristes, às vezes gosto de fingir que o mundo é todo lindo, levei uma bronca do tipo: como uma pessoa que se diz preocupada com a paz no mundo não quer ver coisas tristes? Ela estava certa, eu então assisti o filme todinho.
O filme começado, eu um pouco resistente, aquelas cenas de conflito, Jerusalém divida, de repente, as coisas mudam de figura e eu nem piscar o olho pude, crianças que vivem no meio daquela confusão começam a ser entrevistadas, como elas convivem com o conflito e com as restrições. Judeus, muçulmanos, palestinos, vivem tão perto, mas em mundos completamente diferentes. O discurso já está impregnado de ódio, sem uma ação pontual, nunca haverá solução. Um dos meninos quer conhecer o outro que mora do lado de lá da barreira, um gostava de jogar volei, o outro corria em provas de velocidade, o diretor do filme vai facilitando as coisas e eles se conhecem.
As crianças que se conheceram, passaram algumas horas juntas, brincaram, conversaram, ficaram amigos, há uma mudança no discurso delas. A proposta do diretor é tão interessante, já que propõe um entendimento da maneira mais simples possível, pela convivência.
No outro dia foi o Moleque apareceu com uma lição-de-casa, assistir ao filme "Peixe Grande", depois responder a uma questão baseada num trecho que diz que o poeta pode contar a verdade da maneira que lhe parece, e o historiador não pode omitir ou inventar fatos.
Acho que Peixe Grande é o filme mais otimista do Tim Burton, não tem aquele tom soturno, aquele humor macabro dos outros, é uma fábula sobre relações humanas.
O filho questiona o pai, julga suas ausências, desconfia das atitudes e duvida de suas histórias.
O pai já doente, convoca o filho, e em seus últimos dias de vida mostra ao filho a verdade como ele a entende.
No final das duas experiências eu estava emocionada, numa imaginando que o diálogo é a única forma de criar laços, de resolver problemas. Na segunda, percebi, quanto acreditar no outro é uma opção baseada no amor, na intimidade. O jeito de contar uma história é o jeito de perceber o mundo, na conversa e na confiança estão os segredos de um mundo melhor, quem sabe?
2 comentários:
eu gostei tanto de BIg Fish...até chorei..hahaha
Paola, antes de mais nada, parabéns, pelos 3 filhos. Sabia da existência da maior, com 18, mas outros com 15 e até 11, foi uma surpresa muito agradável. Admiro o poder das mães, acredite. Pelas lições-de-casa, a escolha das escolas de seus filhos deve ter passado por um rigoroso crivo dessa poderosa mãe!
Eu optei por não tê-los, e portanto, os meus parâmetros são os sobrinhos, com quem aprendo muito. Às vezes, suas simples frases ou escolhas me fazem refletir e a repensar os valores, idéias e conceitos dos quais, eu, pretensamente madura, acreditava ser inabaláveis. Tenho aprendido muito sim, com a moçadinha. Quem sabe um Brasil melhor, através dela! Beijos!
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