Glória Pérez é conhecida, e adora uma campanha de mobilização nacional, quando entrevistada na televisão, fala com tanto orgulho de suas iniciativas, teve aquela, você lembra? A das crianças desaparecidas? Também uma outra de proteção à Amazônia e aquela outra contra as drogas? Bonito, não?
Até aí morreu o Neves, como diz o outro, todo cidadão de bem é pela proteção da Amazônia, pelas criancinhas e contra as drogas, também.
Nessa mixórdia que ela chama de novela, está mesmo delirando enfurecidamente, tomando água de privada literalmente. Que a função da novela é zerar o Q.I. de todo mundo de maneira certeira, todos sabemos, por isso ela usa o método de capítulos aletórios, uma coisa nunca se liga com a outra, também sabemos que sempre chega aquela hora que os telespectadores começam a perceber que tudo é uma grande besteira e deixam de lado essa coisa de acompanhar novela religiosamente, mas vamos com calma!
Todo mundo já sabe que a Educação Brasileira está vivendo uma crise. Todo mundo já sabe que os pais estão perdidos e não conseguem colocar limites nos filhos. Também sabemos, já há muitos carnavais, que ninguém encontrou uma saída rápida possível, a questão é séria demais para ser tratada com leviandade.Pelo que entendi o "núcleo" escolar da mixórdia tem a "função" de possibilitar uma discussão "em nível" nacional, bem ao gosto da autora-denúncia, ai ela inventa o "filhinho-de-papai" e papai, fazendo misérias, usando liminares, desrespeitando professores, autoridades policiais, para promover uma discussão? Então é melhor que alguma coisa aconteça, pois com mais duas ou três aulinhas o caos vai mesmo se instalar e na vida real, ela está ensinando aos pais, aos alunos como proceder para garantir que confusão se estabeleça.
Até agora eu só vi aula de malandragem, possibilidades legais e ilegais de se safar, tirar vantagem, usar a lei-de-Gérson em benefício próprio, onde vai entrar o pulso firme, o corretivo?
Se isso não acontecer em dez segundos, a coisa vai se complicar, com tanto mau-exemplo, bem no início do ano, muitas escolas vão ter problemas reais de indisciplina.
Se não tem como ajudar, faz muito se não atrapalhar! Esse velho discurso, vem bem a calhar.
Ops! Era isso mesmo que eu queria dizer.
Eu não acredito nesse método de mostrar as mazelas do mundo para depois, num passe de mágica, resolver tudo, isso funciona na novela, na vida real, não.
Lembrando que ela está falando de adolescentes, acho que ela nunca viu ou conviveu com um adolescente real, um adolescente em seu grupo, quando se sente forte e imbatível.
Eu entendi muito bem que ela quer usar a novela como um veículo de discussão, acho arriscado demais, a consequência, pode ser bem parecida com a glamurizacão do tabaco, feita durante anos, através de propaganda, protagonistas de novea, de cinema que mesmo com as propagandas proibidas, as pessoas continuam fumando e achando lindo, mesmo que o cheiro seja muito ruim, e ainda teimam que o cigarro provoca câncer só nos outros.
Acho que mobilizacão nacional é uma coisa muito séria para ser tratada assim com teatrinho...
P.S: As cadeiras, aquelas que acompanho desde "Páginas da Vida", apareceram, estão na sala de Jantar da Chiara (a Vera Fischer).
5 comentários:
Independente de qual seja a novela, a Educação - se é que há - há papéis terciários, pois o que conta é o Grande Deus Ibope. Um arremedo da frase de Joãozinho Trinta poderia ser "quem gosta de realidade e consciência é intelectual; o povo gosta de fantasia e final feliz".
Quando vejo essas cenas, fico imaginando como deve ser difícil para um professor lidar com alunos sem limite. Que profissão difícil e tão mal remunerada e pouco apreciada. Provavelmente, a cada geração, as salas de aula trazem mais desafios, cada vez mais difíceis. E como lidar com os pais?
Paola, Paola!
Haha, você já imagina o que vou dizer, né? Ou pelo menos o gênero de comentário que vou deixa postado por aqui...
Seguinte... Não discordo de suas colocações, e até achei bem interessantes. Acontece que não vejo as coisas por esse lado. Não consigo julgar uma novela assim, ainda mais essa! Estou achando incrível a nova novelinha da Glória, apesar de estar assistindo bem mais atrasada, é que aqui passa bem depois. Ainda não estou adiantada a ponto de falar da educação em Caminho das Índias; ontem vi o capítulo em que aquele riquinho filho do advogado e daquela outra chatinha )todos péééssimos atores, convenhamos) arranjou uma briga e jogou o estojo na professora inofensiva.
O fato é que, comigo não tem discussão, haha. Não vai ter argumento que me convença dos defeitos da minha novelinha, não a ponto de poder concodar com você. Mas achei inteligente seu ponto de vista; o máximo que conseguiria dizer a respeito da nova novela em termos de crítica seria algo do tipo: "nossa, como esse ator regrediu" ou "iii, tá na cara que isso aí é montagem". Sacou meu "nível"? rsrs. Ainda não tenho nível pra discutir com você!
Agora posso dar um ataque de empolgação fútil?
DALEEE JUJU PAES!
HAHAHAHA, é, Paola... Sou noveleira de plantão mesmo... Não tem jeito mais não...!
E as cadeiras vão e vem... ADORO!!!
beijo grande!
Costumo assistir aos primeiros capítulos de uma novela para rir, confesso. E Caminhos das Índias se prestou divinamente a esse fim: com raríssimas exceções, o elenco estava desencontrado, a trama capenga, os atores achando que ainda estavam na Medina, enfim, dei muita risada.
Cheguei a ver a cena em que o pai traz de volta o boy, para decepção da professora. Não vi mais a novela.
Mas, olha, tenho certeza que vai acontecer algo na vida do moço, um deus ex machina ou algo que o faça mudar radicalmente, pode ficar sossegada. :)
Beijo.
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