segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Fraquíssimo, não. Raquítico!


Em 2005, li "A sombra do vento", de Carlos Zafón, gostei, texto gostoso, uma história envolvente, um mistério curioso.
Recentemente vi que o mesmo autor havia lançado um novo livro, "O jogo do anjo", como gostei do primeiro, havia grande chance de gostar do segundo.
Tenho muita antipatia de autores que ficam usando palavras rebuscadas para coisas simples e depois repetem tal palavra muitas vezes, nesse a palavra é "esquadrinhou", que apareceu um milhão de vezes, horrível, mas eu prometi, para mim mesma que não ia ficar me apegando às migalhas, há o problema de desconexão de tempo, numa página combinam um encontro para o dia seguinte, na outra página, o narrador diz que a personagem passou a semana dando voltas na casa e a amiga chegou às 4:00! Eu prometi!
Outro erro, que eu detesto é o exagero nas descrições desnecessárias, descrever aposento qualquer, as vestimentas de alguém sem uma razão, é entediante, tanto faz onde está guardado o velho lampião a gás, nem interessa saber que está ao lado de latas de café? Fiquei procurando sentido nesse amontoado de descrições e mortes estranhas, não encontrei, nem sei, ainda quem é afinal o assassino.
O uso de expressões sem propósito do tipo: "um martelo industrial", existe martelo industrial? É um martelo bem grande ou um martelo elétrico?
A história começa bem, há referências de situações, lugares e personagens do primeiro romance, um mistério envolvente, gostei de relembrar do "Cemitério dos livros esquecidos", mas fica por ai, não acrescenta nada à trama.
Lá pelas tantas, o autor se perde, acaba matando todas as personagens, e no final, não há uma explicação razoável, ainda no final de tudo descobre-se que o tal Daniel Martín virou um imortal? Oi? Imortal? Como? Por quê? Ah! Já sei , vão lançar uma coleção de histórias de Daniel MArtín e o Cemitério dos Livros esquecidos! Não contavam com minha astúcia!
Livro fraquinho eu já li um monte, mas esse é carente, o autor desenrolou o novelo, deixou um monte de pontas soltas, parece que cansou, juntou tudo, enfiou num saco e mandou publicar.
Só consigo entender que sou uma pessoa limitada e não entendi nada, se alguém puder me explique!

Um comentário:

Patricia Daltro disse...

Tem livros que a gente lê e depois fica pensando se vale a pena. Mas, em compensação tem livros que enchem a gente de alegria e chega a dar dó quando termina, acabei de ler dois que me encantaram por demais: "A Menina que Roubava Livros" de Markus Zusak e "O Silêncio dos Amantes" de Lya Luft

Lindos e altamente recomendáveis!
bjs