| Vai buscando as nuvens compactas, como um samba perfeito, nesta tarde de sol em que a poesia é menos que a poesia. Sabe onde estão os vidros da noite. Tem dedos infinitos, narinas transparentes, imperfeitas sobrancelhas intocadas. Nos seus quadris começa o mundo. Seu passo aperfeiçoa o amor. Há redes grávidas, amarelas em toda a costa do mapa. De cada bicho rouba uma surpresa. Pantera branca, garota de colégio (jamais um tigre de Bengala desbotado); brancura acinzentada do cinema em preto e branco. E as palavras vivas, na boca viva, são um pensamento livre. (Ela deveria ter sido poupada para o mundo justo.) Antes de se cansar, desaparece. Depois amanhece. Viver para ela deve ser bom. [Fabrício Corsaletti (Santo Anastácio, SP,1978-)]
Essa foi a proposta para o desenho de criatividade para os candidatos à Moda da FASM.
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