Como já comentei por aí, estou lendo "A viagem do Elefante" do Saramago, como é de conhecimento de todos eu já li todos os livros por ele escritos, gosto de todos, tive mais ou menos dificuldade para ler cada um, acredito que há uma questão pessoal, meu nível de concentração é muito variável. De "Ensaio sobre a Cegueira", à "Maior Flor do Mundo", todos me agradaram. Sobre esse novo livro, tenho a dizer que é de uma delicadeza impressionante, de uma elegância ímpar. Adoro quando começo a gostar do livro já na dedicatória: "A Pilar, que não deixou que eu morresse". Nesse livro, me parece que ele recuperou um tom deixado de lado nas Intermitências e nas Memórias, só sei que é ele.
Outro dia fui ao Instituto Tomie Otake, fazer um favor para mamãe, levar uma tela para a exposição de final de ano dos alunos, ela comentou bem sem cerimônia que a exposição estava montada, acho que não ouvi direito, fomos entregar a tela e ela sugeriu, vamos lá.
Devo explicar, sempre que levo as telas no Tomie Otake, acabo dando uma "bicadinha" nas exposições.
Ao entrar no corredor, quase cai dura, talvez se soubesse a emoção não teria sido tão forte, logo de cara vejo o título:
José Saramago: a consistência dos sonhos
Opa! É essa a exposição que eu quero ver! Em cada estante uma surpresa, o livro que sua mãe lia quando era criança, os manuscritos, os cadernos de Lazarote, os cadernos de anotação de cada um dos livros, as capas das edições pelo mundo, o discurso do prêmio Nobel, fotos dos avós, dos pais.A correspondência com Jorge Amado, com outros autores. Vídeos das apresentações de Blimunda, do Don Giovanni, e a animação de "A maior Flor do Mundo".
Por estar acompanhada de mamãe e da filha-que-já-pode-votar, minha passagem pela exposição foi quase como de uma monitora, explicando cada coisa que aparecia. Uma senhora veio me perguntar se eu fazia mestrado em Saramago, não eu só leio tudo que ele escreve, e muita coisa que escrevem sobre ele, ela quis que eu dissesse quais livros ela deveria ler, qual eu mais gostava e ainda escreveu tudo num caderninho.
Achei interessante eu sabia que estava vendo, tudoa ali organizado faz o maior sentido, recortes de jornal, pedacinhos de recordações que já foram contadas em vários livros.
Tenho sempre a sensação que ele, enquanto escrevia as crônicas para o jornal que depois viraram "A Bagagem do Viajante" foi materializando muitas idéias, aos poucos cada uma delas nasceram como romances, às vezes vieram uma pouco misturadas, como no Manual de Caligrafia e pintura, onde ele dá uma pitada sobre cegueira, sobre a morte. Nessa exposição tive certeza, não é loucura minha só, está tudo interligado.
Foi um presente!
Outro dia fui ao Instituto Tomie Otake, fazer um favor para mamãe, levar uma tela para a exposição de final de ano dos alunos, ela comentou bem sem cerimônia que a exposição estava montada, acho que não ouvi direito, fomos entregar a tela e ela sugeriu, vamos lá.
Devo explicar, sempre que levo as telas no Tomie Otake, acabo dando uma "bicadinha" nas exposições.
Ao entrar no corredor, quase cai dura, talvez se soubesse a emoção não teria sido tão forte, logo de cara vejo o título:
José Saramago: a consistência dos sonhos
Opa! É essa a exposição que eu quero ver! Em cada estante uma surpresa, o livro que sua mãe lia quando era criança, os manuscritos, os cadernos de Lazarote, os cadernos de anotação de cada um dos livros, as capas das edições pelo mundo, o discurso do prêmio Nobel, fotos dos avós, dos pais.A correspondência com Jorge Amado, com outros autores. Vídeos das apresentações de Blimunda, do Don Giovanni, e a animação de "A maior Flor do Mundo".
Por estar acompanhada de mamãe e da filha-que-já-pode-votar, minha passagem pela exposição foi quase como de uma monitora, explicando cada coisa que aparecia. Uma senhora veio me perguntar se eu fazia mestrado em Saramago, não eu só leio tudo que ele escreve, e muita coisa que escrevem sobre ele, ela quis que eu dissesse quais livros ela deveria ler, qual eu mais gostava e ainda escreveu tudo num caderninho.
Achei interessante eu sabia que estava vendo, tudoa ali organizado faz o maior sentido, recortes de jornal, pedacinhos de recordações que já foram contadas em vários livros.
Tenho sempre a sensação que ele, enquanto escrevia as crônicas para o jornal que depois viraram "A Bagagem do Viajante" foi materializando muitas idéias, aos poucos cada uma delas nasceram como romances, às vezes vieram uma pouco misturadas, como no Manual de Caligrafia e pintura, onde ele dá uma pitada sobre cegueira, sobre a morte. Nessa exposição tive certeza, não é loucura minha só, está tudo interligado.
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2 comentários:
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