Histórias verdadeiras (?)

A melhor receita de Natal é lidar com a política interna do "grupo natalino" do qual se está incerido, não adianta querer por tudo em pratos limpos exatamente entre os dias 24 e 25 de Dezembro. Para acompanhar, é legal, abstrair as complicações causadas pela distribuição de presentes, não entrar em detalhes é uma ótima dica para quem tentou agradar todo mundo, por último, lembre-se que bebida solta a língua e diminui a lucidez.
Aprendida a receita é possível tirar proveito do Natal e conhecer o quê a data tem de melhor.
Elas sempre aparecem, as histórias contadas, que ao longo dos anos vão ganhando um colorido especial. No início é possível que as mentes mais ingênuas acreditem na veracidade, depois, perceber o excesso de tinta acumulada durante o passar do tempo, é inevitável. Outras vezes presenciamos o nascimento de uma lenda familiar, a coisa pega! Uma Sogra passando filtro solar no genro, merece, né?
Dizem que uma vez, ésa é a mais contada num dos ramos natalinos, precisando de um guarda-roupa novo, certa senhora foi à Sears, isso lá por volta de 1950, depois de escolhido o modelo, soube a doce senhora que era possível parcelar o pagamento, a vendedora ao descobrir o nome da cliente, fica toda animada: "A senhora tem crédito ilimitado em nossa loja! Seu marido é um cliente especial! Já comprou muitos móveis conosco!" Muitos móveis? Que móveis? Foi assim que a esposa descobriu que o conjuge tinha um rabo-de-saia lá pro lado da cidade!
Tem também uma outra história, conhecida por todos, o dia que um antepassado quebrou a banca de um cassino em Águas de São Pedro, e teve que sair fugido da cidade.
Essas antigas e umas novas, que já estão surgindo, o Natal da lama, que para chegar ao Sítio, todos os convidados tiveram que subir a pirambeira de marcha-ré, fato que ainda hoje faz reflexos em todos os motoristas nos dias chuvoso. Assim vamos enchendo nosso baú de lembranças e construíndoa história da nossa família, que um dia serão contadas aos netos de nossos filhos como se fossem lendas, mas lendas verdadeiras!
Quanta história para contar, para mim isso eu chamo de Natal!