Lendo o jornal, me deparei com uma história tão comovente! (Se quiser saber o nome do "Santo", está no Metrópole do Estadão de hoje, não serei indiscreta, combinado?)
Veja só, que história.
A tia, herdeira de uma grande empresa de eletrônicos, de capital nacional presente no mercado há algumas décadas, casada com um herdeiro de outra grande empresa, prometeu à sobrinha que completa, neste mês, 10 anos, uma viagem à Amazônia. Devido à crise financeira que assola o mundo e a conta bancária da generosa tia, os planos mudaram, não dispondo do capital necessário ao evento turístico, que podemos imaginar onde seria a temporada, o destino para aquisição do prometido presente mudou.
Os planos mudaram, mas de maneira nenhuma cogitou-se deixar a pequena garota sem uma lembrancinha da data em questão, nem seria o caso, afinal sempre há um pequeno regalo que pode fazer sorrir uma criança.
Dito e feito, a tia acompanhada da sobrinha, dirigem-se à Villa Daslu, templo do consumismo instalado às margens do Rio Pinheiros, instalada estrategicamente próxima aos bairros elegantes, sem comprometimento com a lei de zoneamento, rigorosa na capital Paulista.
A menina, aos dez anos, debutou em consumo, ganhou da querida titia uma bolsa preta de matelassê da marca Chanel! Na ocasião foi apresentada à sua vendedora pessoal na Daslu, sempre que ali for, para adquirir Chanel ou qualquer outra marca será atendida por tal profissional de nome Silvia. Agora, sempre que a menina precisar de uma bolsa, um sapato, um perfume, já sabe onde procurar!
Minha gente, o tom é irônico, mas eu não posso levar a sério uma história dessas, a equação aniversário de dez anos e bolsa Chanel e entre parênteses crise financeira e notícia no jornal, me parece não possibilitar a igualdade esperada numa equação.
Conclusão de minha própria autoria: Estamos num tempo de valores completamente desconexos da realidade, perdeu-se o contato com o momento de cada um, as crianças estão sendo arrancadas da infância à força, se de famílias pobres são jogadas no mundo da sobrevivência, do trabalho e se de famílias ricas, no mundo do consumismo desacerbado. Antes presente de aniversário variava entre a boneca que fala mamãe e o patinete vermelho com buzina de sininho, isso lá no meu mundo.
Correção: A notícia está no caderno de Economia, na seção "Consumo", a herdeira em questão é casada com um herdeiro de família de políticos, e a sobrinha, completa NOVE anos! ¡Ah!bom, é pior que eu pensava!
Veja só, que história.
A tia, herdeira de uma grande empresa de eletrônicos, de capital nacional presente no mercado há algumas décadas, casada com um herdeiro de outra grande empresa, prometeu à sobrinha que completa, neste mês, 10 anos, uma viagem à Amazônia. Devido à crise financeira que assola o mundo e a conta bancária da generosa tia, os planos mudaram, não dispondo do capital necessário ao evento turístico, que podemos imaginar onde seria a temporada, o destino para aquisição do prometido presente mudou.
Os planos mudaram, mas de maneira nenhuma cogitou-se deixar a pequena garota sem uma lembrancinha da data em questão, nem seria o caso, afinal sempre há um pequeno regalo que pode fazer sorrir uma criança.
Dito e feito, a tia acompanhada da sobrinha, dirigem-se à Villa Daslu, templo do consumismo instalado às margens do Rio Pinheiros, instalada estrategicamente próxima aos bairros elegantes, sem comprometimento com a lei de zoneamento, rigorosa na capital Paulista.
A menina, aos dez anos, debutou em consumo, ganhou da querida titia uma bolsa preta de matelassê da marca Chanel! Na ocasião foi apresentada à sua vendedora pessoal na Daslu, sempre que ali for, para adquirir Chanel ou qualquer outra marca será atendida por tal profissional de nome Silvia. Agora, sempre que a menina precisar de uma bolsa, um sapato, um perfume, já sabe onde procurar!
Minha gente, o tom é irônico, mas eu não posso levar a sério uma história dessas, a equação aniversário de dez anos e bolsa Chanel e entre parênteses crise financeira e notícia no jornal, me parece não possibilitar a igualdade esperada numa equação.
Conclusão de minha própria autoria: Estamos num tempo de valores completamente desconexos da realidade, perdeu-se o contato com o momento de cada um, as crianças estão sendo arrancadas da infância à força, se de famílias pobres são jogadas no mundo da sobrevivência, do trabalho e se de famílias ricas, no mundo do consumismo desacerbado. Antes presente de aniversário variava entre a boneca que fala mamãe e o patinete vermelho com buzina de sininho, isso lá no meu mundo.
Correção: A notícia está no caderno de Economia, na seção "Consumo", a herdeira em questão é casada com um herdeiro de família de políticos, e a sobrinha, completa NOVE anos! ¡Ah!bom, é pior que eu pensava!
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