Dizem que uma das grandes invenções da humanidade é a bicicleta, desde sua criação, mudaram os materiais, mudaram os detalhes, mas a essência é a mesma, isso faz com que a bicicleta seja uma invenção genial.
Aprendi a andar de bicicleta numa bicicletinha com rodinhas, depois as rodinhas foram tiradas, minha mãe segurou a bicicleta por alguns metros, sai me equilibrando, afinal.
Quando chegou meu aniversário de sete anos, minha mãe me levou no Mappin, escolhi uma "Monareta" dobrável vermelha.
No dia seguinte um caminhão enorme estacionou na frente de casa, lá de dentro tiraram uma caixa com rodas, eram os pedaços da minha bicicleta.
Tive que segurar a frustração até à noite, meu pai montaria a bicicleta quando chegasse em casa.
Depois do jantar, de maleta-de-ferramentas em punho, no meio da sala, iniciou-se a função, não começou bem, além de ter levado um baile do papelão, os pedais vieram aparafusados para dentro, muito apertados, a epopeia começou.
Em mais ou menos quinze minutos ele começou a botar fumaça pelas ventas, reclamou de tudo, eu já estava achando que a bicicleta, as ferramentas e tudo mais voariam longe, ai que aflição. Depois de muita reclamação, minha bicicleta estava montada, mas só pude experimentá-la no dia seguinte.
Alegria, às vezes, dura pouco, uns três meses depois ela foi roubada do quintal, foi um golpe muito duro, para mim. Depois disso, muitas bicicletas apareceram e sumiram da minha vida, levei muitos tombos, ralei todas as partes possíveis do meu corpo, algumas quedas foram históricas.
Muitos anos depois, eu já era mãe, a filha-mais-velha, fez oito anos, era hora de ganhar sua bicicleta, uma Caloi-Ceci, rosa, linda.
Dessa vez, maridão foi na loja, escolheu, trouxe para casa, ele mesmo montaria o presente, afinal, tantos anos de molecagem como experiência seria fichinha montar uma bicicleta de menina, bem que eu tentei avisar.
Então, com maletinha em punho, no meio da sala, em quinze minutos começou a botar fogo pelas ventas, nem tudo eram flores, os parafusos estavam muito apertados, as peças não se encaixavam, o folheto de instruções, nem de longe servia para esclarecer como esticar a corrente, foi difícil.
Eu já tinha visto esse filme antes, tinha vontade de rir, não podia, afinal, podia deixar a situação muito tensa.
Mais tarde, quando a família toda chegou para a comemoração, rimos muito, afinal a situação merecia, podíamos chamar de "deja vú" de duas rodas.
Quando o moleque chegou na idade, também ganhou sua bicicleta, dessa vez, seria do jeito fácil, sem estresse, fomos na loja, escolhida a "bike cross envenenada", o moço montou, não sei como acomodou a dita cuja no carro, e pronto, tudo resolvido, sem tensão!
Já com a pequena, tudo foi diferente, afinal os caçulas acabam herdando muito mais coisas que gostariam.
Aprendi a andar de bicicleta numa bicicletinha com rodinhas, depois as rodinhas foram tiradas, minha mãe segurou a bicicleta por alguns metros, sai me equilibrando, afinal.
Quando chegou meu aniversário de sete anos, minha mãe me levou no Mappin, escolhi uma "Monareta" dobrável vermelha.
No dia seguinte um caminhão enorme estacionou na frente de casa, lá de dentro tiraram uma caixa com rodas, eram os pedaços da minha bicicleta.
Tive que segurar a frustração até à noite, meu pai montaria a bicicleta quando chegasse em casa.
Depois do jantar, de maleta-de-ferramentas em punho, no meio da sala, iniciou-se a função, não começou bem, além de ter levado um baile do papelão, os pedais vieram aparafusados para dentro, muito apertados, a epopeia começou.
Em mais ou menos quinze minutos ele começou a botar fumaça pelas ventas, reclamou de tudo, eu já estava achando que a bicicleta, as ferramentas e tudo mais voariam longe, ai que aflição. Depois de muita reclamação, minha bicicleta estava montada, mas só pude experimentá-la no dia seguinte.
Alegria, às vezes, dura pouco, uns três meses depois ela foi roubada do quintal, foi um golpe muito duro, para mim. Depois disso, muitas bicicletas apareceram e sumiram da minha vida, levei muitos tombos, ralei todas as partes possíveis do meu corpo, algumas quedas foram históricas.
Muitos anos depois, eu já era mãe, a filha-mais-velha, fez oito anos, era hora de ganhar sua bicicleta, uma Caloi-Ceci, rosa, linda.
Dessa vez, maridão foi na loja, escolheu, trouxe para casa, ele mesmo montaria o presente, afinal, tantos anos de molecagem como experiência seria fichinha montar uma bicicleta de menina, bem que eu tentei avisar.
Então, com maletinha em punho, no meio da sala, em quinze minutos começou a botar fogo pelas ventas, nem tudo eram flores, os parafusos estavam muito apertados, as peças não se encaixavam, o folheto de instruções, nem de longe servia para esclarecer como esticar a corrente, foi difícil.
Eu já tinha visto esse filme antes, tinha vontade de rir, não podia, afinal, podia deixar a situação muito tensa.
Mais tarde, quando a família toda chegou para a comemoração, rimos muito, afinal a situação merecia, podíamos chamar de "deja vú" de duas rodas.
Quando o moleque chegou na idade, também ganhou sua bicicleta, dessa vez, seria do jeito fácil, sem estresse, fomos na loja, escolhida a "bike cross envenenada", o moço montou, não sei como acomodou a dita cuja no carro, e pronto, tudo resolvido, sem tensão!
Já com a pequena, tudo foi diferente, afinal os caçulas acabam herdando muito mais coisas que gostariam.
Um comentário:
eu lembro da sua bicicleta!!! eu tinha uma caloi e acho que meu pai era um pouco mais jeitoso que o seu pois ele montou a bicicleta rapidinho...
Minha prima tinha uma igual à sua...
Acho que foi a primeira bicicleta para meninas que não era gigantesca!
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