Aprendi a cozinhar na marra mesmo, antes de casar nunca me interessei pelas artes culinárias. Sempre curti o resultado final, a comida em si!
Quando voltei da Lua-de-mel, me deparei com uma casa cheia de objetos com os quais não tinha a menor intimidade, não sabia ao certo a serventia, a maneira de usá-los.
Meus conhecimentos, reduzidíssimos, se restringiam à arte de fritar bifes e lavar saladas.
Afinal dei de cara com a tal da cozinha e um pedido do maridão, estava com vontade de comer arroz e feijão, foi preciso uma confissão, o maridão, que me surpreendeu, com seus dotes culinários, ele sabia fazer, uma delícia!
Não tinha jeito, era preciso, no mínimo, adquirir um repertório de sobrevivência, uma receita de macarrão, uma carne, acompanhamentos. Nunca tinha pensado nisso, foi preciso tomar providências, fui até a casa da minha mãe e sequestrei o livro mais usado, de receitas, muitas coisas do dia-a-dia, fáceis e saborosas.
Peguei minhas panelas, meus apetrechos e encarei o novo aposento, a cozinha.
O tal livro era o quê se podia chamar de "bê-a-bá" da cozinha, feijão, arroz, macarrão, rosbife, tudo, até dicas de como esquentar este ou aquele prato.
Descobri que na cozinha, o quê vale é o misancene, a apresentação, imagem é tudo. Com um pouco de teatro todos foram acreditando que eu sabia cozinhar!
O tal livro era fenomenal, além de receitas facílimas e deliciosas, apresentava um cardápio variado, trivial e muito prático.
Aprendi a fazer sopas, strogonoff, fricassé, panquecas, aos poucos fui ficando mais desenvolta, comecei a cozinhar sem precisar olhar o livro, que progresso!
Com o tempo, fui descobrindo que nem sempre a comida preferida é a comida que mais comemos.
Nos primeiros seis meses de casados, maridão e eu engordamos como dois perus em véspera de Natal. O jeito foi encarar uma super dieta. Mais receitas entraram no meu repertório.
Fui descobrindo que algumas receitas tem vontade própria, assim como as panquecas, bolos e suflés, também são "entidades sensíveis", só ficam bons se que cozinha estiver "de-bem" com a vida.
Hoje, tanto tempo depois, já tenho bastante traquejo culinário, já sei as coisas que têm saída e as coisas que não fazem sucesso aqui em casa, mas devo confessar, todo dia fico com água na boca quando o cheiro da comida da vizinha invade minha casa, qualquer hora vou bater na casa dela e fazer uma boquinha.
Fico imaginando, atee parece, né? Quem sabe um dia não tomo coragem?
4 comentários:
Eu tentei aprender a cozinhar, mas nem livro de culinária deu jeito!
Eu não tenho habilidade!
Adorei esse blog!
Sonia
Quando casei pela primeira vez, aconteceu exatamente assim comigo, mas pior um pouquinho: nem um bife eu sabia fritar! Mas um livro de receitas facinhas também me salvou a vida. Aprendi a cozinhar e fiz mil coisinhas.
O temo passou, eu me divorciei e casei de novo. Desaprendi a cozinhar, mas, em compensação, casei com um homem que ama cozinhar e se garante em tudo - forno e fogão! Diga aí! Hehehe
Beijos.
Sonia,
Não desista, ñao é assim tão difícil!
Kenia,
Sabe o quê eu acho engraçado? †odo mundo precisa comer, todo mundo come , sabe o q gosta, mas já não temos o costume de ficar na cozinha ajudando nos preparativos, se eu tivesse ficado atenta cinco miutos por dia, eu não teria apanhado tanto. Hoje eu convido os filhos para participar dos afazeres na cozinha, assim quando precisarem não vão ligar para perguntar qual é o ponto do macarrão!
Beijocas
PAola
Hummmmm....Me deu água na boca...
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