Pode ser que a história não seja bem assim, mas foi assim que ficou em mim. Foi assim que ouvi alguém contar, foi assim que vi acontecer.
Em 1907, dois irmãos, foram demitidos, imigrantes, já haviam trabalhado em uma fazenda de café no interior de São Paulo, com medo da febre amarela, fugiram para a capital. Na fábrica, entraram no partido anarquista, lideraram uma greve.
Gêmeos moravam juntos com o pai, um deles já casado, a mulher quase ganhando bebê.
No fundo do quintal tinham uma oficina, consertavam isso e aquilo.
Dizem que eles tinham um professor de mecânica (por mais que pareça estranho, é assim que é, havia esse professor), começaram, os dois a fazer máquinas, de macarrão, de cortar vidro, de moer carne.
As coisas foram melhorando, continuavam a morar juntos, agora os filhos de um e de outro aumentavam a família.
Esses dois, construíram a primeira máquina de papel produzida no Brasil, que funcionou por mais de setenta anos numa grande fábrica de livros.
Juntos tiveram outros negócios também, ao longo do tempo escolheram ficar com as fábrica de maquinas de papel, sua grande paixão. Máquinas pesadas, imensas, grandes engrenagens, cilindros gigantescos.
A família foi entrando no negócio, a segunda geração transformou o negócio em um grande negócio, levaram as instalações para um terreno maior, tinham fundição, montagem, etc, até uma ponte rolante tinha no galpão principal. Brasil crescendo, e espíritos empreendedores como desse pessoal, produzindo, gerando empregos.
Mais uma geração chegou, tão visionária, quantos os antepassados, também contribuiu com o crescimento, modernização, nasceu no meio de gente criativa, por isso não sossegou enquanto não fez sua máquina de papel reciclado, atendendo aos clamores do governo, transformou o motor do seu carro em motor à álcool.
Se estivesse na Austrália, talvez a história fosse diferente.
Oitenta anos depois de sua fundação, não havia mais jeito, o governo não incentivava nenhuma produção nacional, foi preciso fechar tudo, vender máquinas para um, terreno para outro, estoque aqui, todo resto ali. Uma pena.
Acontece que tem gente que não sossega nunca, mesmo tendo muita clareza da situação econômica e política do Brasil, não desistiu, mudou de ramo.Uma cabeça daquelas, sempre acreditou na modernização e na necessidade da produção de alimentos, inventou um processo de cultivo de tomates hidropônicos.
Tentou aprender com quem já era do ramo, não adiantou, então foi atrás, estudou, experimentou.
Usou motor de máquina de lava-prato para conseguir fazer a irrigação, tentou plantar na terra, na telha, com pedras e acabou descobrindo um jeito mais simples.
As estufas, hoje, tomam grande parte do espaço.
Nesse tempo de eleição, quando muito discurso é proferido, muita promessa vaga é feita, poucos se lembram de fomentar a iniciativa privada, é ela que gera empregos, e riquezas.
Em 1907, dois irmãos, foram demitidos, imigrantes, já haviam trabalhado em uma fazenda de café no interior de São Paulo, com medo da febre amarela, fugiram para a capital. Na fábrica, entraram no partido anarquista, lideraram uma greve.
Gêmeos moravam juntos com o pai, um deles já casado, a mulher quase ganhando bebê.
No fundo do quintal tinham uma oficina, consertavam isso e aquilo.
Dizem que eles tinham um professor de mecânica (por mais que pareça estranho, é assim que é, havia esse professor), começaram, os dois a fazer máquinas, de macarrão, de cortar vidro, de moer carne.
As coisas foram melhorando, continuavam a morar juntos, agora os filhos de um e de outro aumentavam a família.
Esses dois, construíram a primeira máquina de papel produzida no Brasil, que funcionou por mais de setenta anos numa grande fábrica de livros.
Juntos tiveram outros negócios também, ao longo do tempo escolheram ficar com as fábrica de maquinas de papel, sua grande paixão. Máquinas pesadas, imensas, grandes engrenagens, cilindros gigantescos.
A família foi entrando no negócio, a segunda geração transformou o negócio em um grande negócio, levaram as instalações para um terreno maior, tinham fundição, montagem, etc, até uma ponte rolante tinha no galpão principal. Brasil crescendo, e espíritos empreendedores como desse pessoal, produzindo, gerando empregos.
Mais uma geração chegou, tão visionária, quantos os antepassados, também contribuiu com o crescimento, modernização, nasceu no meio de gente criativa, por isso não sossegou enquanto não fez sua máquina de papel reciclado, atendendo aos clamores do governo, transformou o motor do seu carro em motor à álcool.
Se estivesse na Austrália, talvez a história fosse diferente.
Oitenta anos depois de sua fundação, não havia mais jeito, o governo não incentivava nenhuma produção nacional, foi preciso fechar tudo, vender máquinas para um, terreno para outro, estoque aqui, todo resto ali. Uma pena.
Acontece que tem gente que não sossega nunca, mesmo tendo muita clareza da situação econômica e política do Brasil, não desistiu, mudou de ramo.Uma cabeça daquelas, sempre acreditou na modernização e na necessidade da produção de alimentos, inventou um processo de cultivo de tomates hidropônicos.
Tentou aprender com quem já era do ramo, não adiantou, então foi atrás, estudou, experimentou.
Usou motor de máquina de lava-prato para conseguir fazer a irrigação, tentou plantar na terra, na telha, com pedras e acabou descobrindo um jeito mais simples.
As estufas, hoje, tomam grande parte do espaço.
Nesse tempo de eleição, quando muito discurso é proferido, muita promessa vaga é feita, poucos se lembram de fomentar a iniciativa privada, é ela que gera empregos, e riquezas.
Um comentário:
O empreendedor é punido pela cultura do "deixa que o governo resolve".
O Brasil, infelizmente, neste sentido é uma piada.
Só faltou você contar qual é a empresa, fiquei curioso...
A do meu pai, vendida nos anos setenta era a Fiação Indiana.
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