terça-feira, 29 de julho de 2008

Nem só de Saramago vive uma leitora





Outro dia escrevi aqui que sou uma "saramaguete", sou mesmo.
Ontem no supermercado quase cai dura, lançaram "O ensaio sobre a cegueira" (o livro), remasterizado, não sei qual é a editora, mas tem , na capa uma foto do filme, ou a Juliane Moore, de mulher do médico, provavelmente no depósito do supermercado, depois que eles saem pela cidade, ou então ( é prá ter um treco), Gael Garcia de "chefe dos cegos". É disso que eu tenho falado, a tal da mediocridade sem limite. Esse é o ensaio sobre a cegueira para colorir...

Mas não é nada disso, chega de palhaçada. Li, nesse final de semana o quarto livro do Milton Hatoun, Órfãos do Eldorado.
Como sempre maravilhoso, gosto de estilo do Milton Hatoun, quase seco, sem firula, o essencial para construir a história aos poucos, com calma, com surpresas até literalmente o final.
Escrita elegante, lindo.
Li: Retratos de um certo oriente, Dois irmãos, Cinzas do Norte agora esse, os Órfão do Eldorado. Leitura gostosa que flui, que te invade.O quê me faz gostar das histórias desse autor é que mesmo muitos anos depois, a história está lá, viva, firme.
Esse é um dos meus critérios preferidos. A permanência da história em mim.

Um comentário:

Cristina Sampaio disse...

A permanência da história é um bom critério. Alguns autores conseguem permanecer em nós, tornando-se inesquecíveis.
Beijos