Isso significa que eu já não sou aquela mocinha de antes!
Isso me assusta? Não, apenas não sei bem como lidar com isso.
O fato é que ter 44 anos não é coisa simples.
Às vezes me sinto tão juvenil, os anos não pesam em meus pensamentos, em minhas idéias,
Me sinto mais aberta à novas idéias, que me sentia há vinte anos, por exemplo.
Há vantagens, sem dúvidas, ter os filhos grandes é muito bom, o trabalho braçal acaba, os momentos de adivinhação, também!
Posso contar com três companheiros, para várias horas, trocar idéias com eles, isso me faz muito bem.
Neste momento, o quê tem mais me deixado cabisbaixa é o fato do "Mercado de trabalho", antes tão generoso comigo, estar de mau, não lembrar da minha existência, nem de minha inúmeras qualidades.
Este ano pensei em muitas opções de negócios, a questão é que minhas idéias, brilhantes, não servem para ganhar dinheiro, é nesse ponto que as coisas ficam esbarrando, sou boa para inventar maneiras de melhorar a vida dos outros, mas nunca consigo reverter em dinheiro. Mas não é disso que estou querendo falar, estou querendo falar de mim!
Muito anos passei me escondendo, me achando feia, gorda, sem graça, aos poucos fui saindo da casca.
Quando me sinto segura, competente, parace que as coisas começam a desabar, a vergonha de falar sobre algumas das coisas que sinto, aliás, nem sei se sei fazer isso!
Parece brincadeira, muito sem graça, afinal.
Estou aqui, sentada neste computador, tentando me entender, tentando organizar este redemoinho de sensações, que não consigo definir.
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