Estou acompanhando essa história toda, há oessoas que não gostam de ver mães amamentando em locais públicos, aqui você pode entender o caso!
Essa coisa toda me fez lembrar, já faz tempo que eu parei de amamentar! Eu sou mulher, eu sou mãe, sendo assim, essa é uma questão que me diz respeito....
Em meados de 1990 a mãe que existia em mim, nasceu, que emoção!
Já fazia um ano que eu me preparava, efetivamente para esse momento. Havia parado com o anti-concepcional, a médica havia recomendado um intervalo de três meses, para o corpo eliminar o hormônio da pílula. Recomendação levada ao pé da letra, foram três meses de suco de laranja, nem antes nem depois, em vez de. Acho que engravidei no dia que estava decidido o final do tempo de espera. Em Outubro de 1989 eu já estava grávida, eu já me sentia grávida. Depois, durante a gravidez, foi puro esmero.
Não sei se alguém lembra do dia 16 de Março de 1990, eu lembro. Nesse dia, foi anunciado o Plano Collor, o dinheiro da poupança e da conta corrente foi confiscado. O dinheiro com o qual nós pagaríamos o parto, estava congelado, só havia uma possibilidade, meu parto estava fora do prazo estipulado pelo digníssimo Sr. Presidente, que poderia resgatar o valor. Eu havia contratado um plano de saúde, que com as medidas anunciadas, descredenciou as maternidades mais respeitadas de sua lista de conveniadas.
Fiquei apavorada, que seria de mim? A carência vencia dia 26 de Junho, o parto estava previsto para dia 8 de Julho, a margem de erro era muito estreita.
O grande dia chegou, apesar da bolsa rota, nada de contração, nada de dilatação, minha avó já havia previsto partos difíceis para mim, eu não acreditava nisso, eu queria um parto bem normal, fiquei péssima quando soube que entraria na faca, chorei, mas não adiantou, entrei na faca!
Ao chegar em casa com minha bebê, fiz tudo que me orientaram, ela chorava a noite toda, o pediatra constatou, eu não estava produzindo leite suficiente. Passei, então a dar mamadeira, mas antes eu continuei a insistir com o meu leite.
Fiquei grávida do segundo filho, julguei ser incapaz de amamentar, escolhi a mamadeira.
Achava que a família estava completa, estava bem enganada, havia mais uma na fila, fiquei grávida mais uma vez, decidi que eu amamentaria a caçula. Estava decidido.
Mais madura, menos ansiosa e agora experiente, fui capaz de amamentar minha filha por seis meses. Essa foi uma experiência muito gratificante.
A amamentação é um direito da mulher, do bebê, alguma dúvida?
Agora deram para querer proibir mães de amamentar seus filhos em lugares públicos! É que há pessoas que ficam incomodadas, acham a amamentação obscena? Onde deveriam ir a mães para amamentar? Esconder-se em banheiros?
Um comentário:
Sabe o que acho Paola? Tem muita gente, provavelmente filha de chocadeira, que não tem mais nada para fazer e inveta estas modas. Quem teve a brilhante idéia, deveria se preocupar em fazer campanha para amamentação - em qualquer lugar, inclusive de doação de leite.
Um abraço - entendo a sua revolta.
um beijo
Dinorah
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