terça-feira, 12 de outubro de 2010

29ª Bienal de São Paulo


Tarde fria e cinzenta em São Paulo, a baixa temperatura não era convidativa, mas uma segunda-feira no meio do feriado, na cidade quase vazia, é tentadora suficiente para me tirar de casa.
São tantas polêmicas, são tantas opiniões que é preciso ir até lá, averiguar, tirar a prova.
Antes mesmo de entrar, uma constatação feliz, o dia frio afastou os frequentadores do Ibirapuera, encontramos uma vaga no estacionamento em menos de duas voltas! Isso é um milagre comprovado!
Uma coisa é certa, desde que a CET implantou a Zona Azul no estacionamento do Ibirapuera, ficou muito mais civilizado encontrar uma vaga no local, antigamente era uma loucura, quem chegava não saia nunca... um horror, mas isso é passado!
A Bienal, em si , é polémica, a discussão parece ser eterna, o entendimento de arte é subjetivo.
Fora do prédio há instalações que me agradaram, alguém vestiu as árvores para a festa, há também um tapete de retalhos formados por peças de roupas... As bananeiras ficaram tão lindas vestidas de gala!
As verdadeiras polêmicas estão lá dentro no pavilhão.
O IBAMA mandou o Nuno Ramos retirar seus urubus da instalação, parece que para o tal órgão os bichos estavam em sofrimento, não vi, mas achei um exagero, mas isso é uma discussão do passado, já foi decidida.
Vi coisas que me comoveram, a Série Trágica de Flávio Carvalho é chocante, emocionante, mas não é inédita, e isso que me deixa um tanto curiosa, achava que a Bienal era um espaço para coisas inéditas.
Há coisas boas, há um monte de porcarias, a dica é uma só, vá com tempo, se prepare fisicamente, a caminhada é longa, os três andares e mais um tanto no MAC estão repletos de instalações, de esculturas, pinturas e tudo mais.

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