Eu fui criança no tempo de antigamente, as mulheres estavam começando a entender certas coisas, foi no tempo em que apareceu a Twiggy naquela magreza toda, a Brigitte estava cada dia mais linda e a Leila Diniz andava por ai desfilando naquele seu biquini devassado, deixando o corpo à vista.
As muleres quiseram também por a barriguinha de fora, mas nem todas podiam.
Naquele tempo a questão do pesso era simplesmente uma questão estética, a mulherada queria ficar bonita, hoje já aprendemos algumas liçãos, mas naquele tempo... tudo era diferente.
Naquele tempo se fumava até dentro do elevador, na sala de espera de maternidade, em qualquer lugar. Naquele tempo as pessoas usavam bronzeador e pele descascada era sinal de status. Naquele tempo as pessoas bebiam. Naquele tempo não existia cinto de segurança e as pessoas bebiam e dirigiam. Saúde não era uma prioridade.
As mulheres quiseram emagrecer, ninguém tinha ideia de como fazer isso, a receita imediata era para de comer, diminuir a quantidade da comida e pronto. Parece simples, principalmente para os inapetentes, os enjoados, mas se a pessoa está gorda, sinal que o problema dela é exatamente o apetite.
Para resolver esse problema a solução era uma só, antefaminas, os famosos remédios para emagrecer, muitos médicos prescreviam fórmulas que eram manipuladas, a mulherada tomava, falavam engrolado, mas emagreciam.
Havia outra solução, internação, para as endinheiradas havia a Clínica do Dr. Medeiros, uma mansão que ficava ali na Rua Alagoas, foi transformada, mas guardava alguns traços do seu glamour inicial. Os lustres eram de cristal, os corrimões e maçanetas de broze.
A paciente se internava e ficava de cama, acho que administravam drogas pesadas, a mulher dormia e no final das contas acabava emagrecendo. Uma vez, fui com a minha avó visitar alguém que estava lá, achei bem estranho, o quarto que conhecemos, segundo minha avó que conhecia a casa muito bem, morou na casa em frente por muitos anos e era amiga da dona da casa, era a antiga sala de jantar, razão pela qual havia uma parede forrada por um espelho gigantesco. Fiquei imaginando, que coisa chata ficar se olhando no espelho o dia todo, tenho quase certeza que eu perguntei alguma coisa relacionada a isso à paciente que visitávamos.
Esporte, exercícios físicos não faziam parte do negócio, tanto que as pessoas ficavam deitadas!
Depois inventaram que isso não adiantava, que era preciso reaprender a comer, que era preciso fazer exercícios, e finalmente ficou decidido, não existe fórmula mágica, existe o milagre da alimentação balanceada, dos exercícios regulares.
Lembrei disso pois estou pensando seriamente em lançar mão do meu último recusso, cimentar a boca e finalmente emagrecer!
As muleres quiseram também por a barriguinha de fora, mas nem todas podiam.
Naquele tempo a questão do pesso era simplesmente uma questão estética, a mulherada queria ficar bonita, hoje já aprendemos algumas liçãos, mas naquele tempo... tudo era diferente.
Naquele tempo se fumava até dentro do elevador, na sala de espera de maternidade, em qualquer lugar. Naquele tempo as pessoas usavam bronzeador e pele descascada era sinal de status. Naquele tempo as pessoas bebiam. Naquele tempo não existia cinto de segurança e as pessoas bebiam e dirigiam. Saúde não era uma prioridade.
As mulheres quiseram emagrecer, ninguém tinha ideia de como fazer isso, a receita imediata era para de comer, diminuir a quantidade da comida e pronto. Parece simples, principalmente para os inapetentes, os enjoados, mas se a pessoa está gorda, sinal que o problema dela é exatamente o apetite.
Para resolver esse problema a solução era uma só, antefaminas, os famosos remédios para emagrecer, muitos médicos prescreviam fórmulas que eram manipuladas, a mulherada tomava, falavam engrolado, mas emagreciam.
Havia outra solução, internação, para as endinheiradas havia a Clínica do Dr. Medeiros, uma mansão que ficava ali na Rua Alagoas, foi transformada, mas guardava alguns traços do seu glamour inicial. Os lustres eram de cristal, os corrimões e maçanetas de broze.
A paciente se internava e ficava de cama, acho que administravam drogas pesadas, a mulher dormia e no final das contas acabava emagrecendo. Uma vez, fui com a minha avó visitar alguém que estava lá, achei bem estranho, o quarto que conhecemos, segundo minha avó que conhecia a casa muito bem, morou na casa em frente por muitos anos e era amiga da dona da casa, era a antiga sala de jantar, razão pela qual havia uma parede forrada por um espelho gigantesco. Fiquei imaginando, que coisa chata ficar se olhando no espelho o dia todo, tenho quase certeza que eu perguntei alguma coisa relacionada a isso à paciente que visitávamos.
Esporte, exercícios físicos não faziam parte do negócio, tanto que as pessoas ficavam deitadas!
Depois inventaram que isso não adiantava, que era preciso reaprender a comer, que era preciso fazer exercícios, e finalmente ficou decidido, não existe fórmula mágica, existe o milagre da alimentação balanceada, dos exercícios regulares.
Lembrei disso pois estou pensando seriamente em lançar mão do meu último recusso, cimentar a boca e finalmente emagrecer!
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