Por ser curiosa até não poder mais, corri na locadora e aluguei "O leitor", tomei vergonha na cara e li "Sua resposta vale um bilhão".
Todo mundo está acostumado a dizer: "O livro é muito melhor que o filme!", ou então: "Não vou ler o livro, já assisti ao filme." Já ouvi diversas opiniões nesse setor, as versões cinematográficas dos livros que lemos, pois é, são tantas opiniões, todas tão cheia de verdade, todas estão certas, afinal, tudo é uma questão de gosto! Se o Osman Pamuk ganhou o Nobel de Literatura , tudo é possível, eis aqui tema para uma longa discussão, que não vem ao caso.
Gostei muito do filme, gostei do conjunto das imagens, gostei do ritmo, achei delicada a maneira como foi contada a história, nudez é tão natural que não agride, não choca. No livro o diálogo interno, as reflexões e as angústias ficam muito mais explícitas, no filme foram suprimidas alguns diálogos, alguns detalhes, mas foram substituídos por silêncios e olhares, achei que o filme foi fiel à história original e também fiel à linguagem do cinema, e aí que está o pulo-do-gato, para o filme emplacar e poder ser lembrado como uma obra independente, é fundamental que respeite a linguagem do cinema, que se preocupe em dar pistas não-verbais sobre os acontecimentos, toda vez que Hanna e Michel estão juntos e em sintonia, há algum elemento de cena vermelho ou rosado, caso contrário os verdes-azulados aparecem com força, fiquei satisfeita, é um bom filme, uma história de amor, afinal.
No caso do "Sua resposta vale um bilhão", o caso é mais interessante ainda, o autor escolheu um narrador muito perspicaz, num estilo "Sherazade Moderno", o livro é envolvente com um monte de histórias cheias de emoções divergentes, personagens diversificadas, seria impossível transferir para a película tantas histórias, acho que por isso foi feita uma adaptação, reduziram o número de personagens e inventaram uma história mais linear, mas de novo eu gostei das mudanças, são duas linguagens diferentes que merecem ser tratadas de maneira especializada.
Será que já foi possível comparar uma obra com outra? Qual é a melhor linguagem?
Fico com a minha resposta, são duas coisas diferentes, que ocupam lugares diferentes, nenhuma das duas anula a outra!
Todo mundo está acostumado a dizer: "O livro é muito melhor que o filme!", ou então: "Não vou ler o livro, já assisti ao filme." Já ouvi diversas opiniões nesse setor, as versões cinematográficas dos livros que lemos, pois é, são tantas opiniões, todas tão cheia de verdade, todas estão certas, afinal, tudo é uma questão de gosto! Se o Osman Pamuk ganhou o Nobel de Literatura , tudo é possível, eis aqui tema para uma longa discussão, que não vem ao caso.
Gostei muito do filme, gostei do conjunto das imagens, gostei do ritmo, achei delicada a maneira como foi contada a história, nudez é tão natural que não agride, não choca. No livro o diálogo interno, as reflexões e as angústias ficam muito mais explícitas, no filme foram suprimidas alguns diálogos, alguns detalhes, mas foram substituídos por silêncios e olhares, achei que o filme foi fiel à história original e também fiel à linguagem do cinema, e aí que está o pulo-do-gato, para o filme emplacar e poder ser lembrado como uma obra independente, é fundamental que respeite a linguagem do cinema, que se preocupe em dar pistas não-verbais sobre os acontecimentos, toda vez que Hanna e Michel estão juntos e em sintonia, há algum elemento de cena vermelho ou rosado, caso contrário os verdes-azulados aparecem com força, fiquei satisfeita, é um bom filme, uma história de amor, afinal.
No caso do "Sua resposta vale um bilhão", o caso é mais interessante ainda, o autor escolheu um narrador muito perspicaz, num estilo "Sherazade Moderno", o livro é envolvente com um monte de histórias cheias de emoções divergentes, personagens diversificadas, seria impossível transferir para a película tantas histórias, acho que por isso foi feita uma adaptação, reduziram o número de personagens e inventaram uma história mais linear, mas de novo eu gostei das mudanças, são duas linguagens diferentes que merecem ser tratadas de maneira especializada.
Será que já foi possível comparar uma obra com outra? Qual é a melhor linguagem?
Fico com a minha resposta, são duas coisas diferentes, que ocupam lugares diferentes, nenhuma das duas anula a outra!
3 comentários:
Pq vc nao gosta do Pamuk meudeusdoceu???
Amo esse escritor!!! Ja li tres livros dele!
Asnalfa,
Vou explicar, eu só li Neve, e achei muito bobo, sem sentido, achei que ele fica se detemndo em detalhes de menor importancia e acaba não contando a razão de tudo aquilo, afinal ele (não lembro o nome do personagem, sei que era uma letra) era ou não um subversivo, e a namorada? Achei fraquinho!
Mesmo assim vou ler o outro que vc me indicou, o "Vermelho", não é?
Beijo
PAola
O nome do personagem é ka.
O nome do outro livro era "Meu nome é vermelho".
Pode ler que tb é otimo!!!!!
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