Eu conheço uns meninos e umas meninas que nadam, nadam muito. Eles treinam todos os dias das três até às seis da tarde, duas vezes por semana, também nadam das seis às sete da manhã (antes da escola) , e aos sábados, das sete às onze da manhã. Muitas vezes vão à campeonatos nos sábados e nos domingos. Todo dia vão à escola, estudam, fazem lições, fazem prova como todo mundo, sem moleza.
Eles também, levam bem à sério o esporte, os pais incentivam e patrocinam.
A Chata de Galochas voltou, que fazer? Atiçam a fera com vara curta!Interessante é que todo mundo tem seus próprios palpites sobre a participação pífia do esporte brasileiro nas competições importantes. Todo mundo fala dos atletas com tanta propriedade, fazem críticas duríssimas, dizem por ai que nossos atletas não são compenetrados, não são esforçados e desmerecem toda classificação que não seja a dourada.
Um desses meninos que nadam, está indo para o Ensino Médio, na escola dele há aulas duas vezes por semana até às quatro da tarde, pois as aulas de Inglês, Artes e Educação Física são sempre depois do almoço.
Como ele treina, todos os dias, foi pedir na escola que as aulas de Educação Física fossem agendadas no último horário, assim ele pediria dispensa para ir ao treino de natação, que consiste em uma parte de condicionamento físico (corrida, flexões, abdominais) e outra técnica, onde o menino nada, por dia, 1.500 metros. A Escola não aceitou, melhor nem comentar, ele e a mãe foram procurar outra.
Todo mundo já sabe, quando o estudante é desinteressado, problemático, sem educação a escola trata o elemento como se fosse de cristal, fazem de tudo para o "coitadinho" se sair bem, se o cara é esforçado... tem que procurar outra!
E o problema não está resolvido, na outra escola, depois de fazer uma "verificação de nível", (Outro nome para PROVA DE ADMISSÃO), ter obtido bons resultados, a Coordenadora do Ensino Médio, chama o rapaz e a mãe para uma reunião.
(se você estiver sentado, segure-se para não cair) A Coordenadora, de cara, ficou muito preocupada, pois se o rapaz ficasse de recuperação, de reforço, não poderia participar das aulas, pois são bem no horário do treino!
O garoto ficou chateado, a mãe, que a essas alturas não está para brincadeiras, decidiu, também não é nessa escola que ele vai ficar. Juntou a bolsa, o que restou da auto-estima do filho, virou as costas e deixou a tal Coordenadora com suas profundas elocubrações, tentando descobrir como seria possível um rapaz querer nadar tanto!
A tal escola (bem conhecida, aliás) pressupõe o fracasso, desmerece o estudante, antes mesmo da matrícula! A Coordenadora, de visão estreita não percebeu o quanto esse menino poderia ser útil no ambiente escolar, quanto ele poderia servir de exemplo, pelo esforço e dedicação.
Não, a escola se transformou em um depósito de gente que ninguém sabe como lidar. Tanta sabidice e ninguém mais sabe como lidar com o jovem, ninguém lembra que o ideal é tê-los saudáveis e dispostos, mas quem sou eu para uma proposta dessas, né?
Na escola as aprendizagens estão tão distantes dos alunos que já imaginam desnecessárias. Os alunos já não entendem a serventia de tanta informação, resultado, talvez da situação dos professores que estão tão sobrecarregados que já não podem se dedicar à sua própria formação, nem perceber seu aluno.
Para completar o quadro, colocam no lugar de Coordenadora, umas mulheres ultrapassadas, com síndrome da fantasia dos alunos C-D-Fs, que só sabem desfiar a ladainha do passado de um tempo que já não é mais. Buscando respostas nas perguntas erradas, não querendo entender que os tempos atuais, entre outras coisas fez dos adolescentes seres mais audaciosos, mais ingênuos, mais difíceis de lidar, mas com muitas posssibilidades de conexão.
A escola está desconsiderando o esporte como uma opção para as futuras gerações, não consegue se adaptar, não consegue valorizar o talento. Lembrando sempre que a escola é o reflexo mais puro do que é a sociedade.
O esporte continua sendo o grande entrave, na época do Ensino Médio a coisa explode em mil e um problemas, o garoto tem que começar a pensar no futuro, esporte de alta performance dificilmente está entre as opções, além de ser caro, não haver patrocínio etc e tal, afinal não é só o material esportivo e o uniforme, para garantir resultados é preciso contar com treinadores competêntes, além da orientação de outros profissionais.
Não estou, aqui dizendo, que acho certo levar os garotos de 17 anos para a Europa para o futebol, estou dizendo que tem de haver um meio de garantir a formação básica e o desenvolvimento sadio do esporte na vida dos adolescentes. Sem esquecer que quem é envolvido com o esporte não tem tempo de pensar besteira, de testar limite social, de transgredir as regras, o pessoal do esporte quer superar seus próprios limites, quer respeitar as regras e não precisa buscar nas drogas a emoção que não encontra na vida.
Sinto que são poucos os pais e mães que incentivam a prática de esporte, de maneira rigorosa, exigindo a prática, apoiando e até participando. Sei que são muitas as escolas que usam a Educação Física como tapa buraco, e se valem de resultados de competições escolares para o "oba-oba" básico com publicidade e tudo.
As ações governamentais são nulas, os talentos surgidos em terras brasileiras são muito mais resultado de perseverança individual, esforço familiar que mobilização oficial.
Onde está a vontade política? A responsabilidade social?
Não, a escola se transformou em um depósito de gente que ninguém sabe como lidar. Tanta sabidice e ninguém mais sabe como lidar com o jovem, ninguém lembra que o ideal é tê-los saudáveis e dispostos, mas quem sou eu para uma proposta dessas, né?
Na escola as aprendizagens estão tão distantes dos alunos que já imaginam desnecessárias. Os alunos já não entendem a serventia de tanta informação, resultado, talvez da situação dos professores que estão tão sobrecarregados que já não podem se dedicar à sua própria formação, nem perceber seu aluno.
Para completar o quadro, colocam no lugar de Coordenadora, umas mulheres ultrapassadas, com síndrome da fantasia dos alunos C-D-Fs, que só sabem desfiar a ladainha do passado de um tempo que já não é mais. Buscando respostas nas perguntas erradas, não querendo entender que os tempos atuais, entre outras coisas fez dos adolescentes seres mais audaciosos, mais ingênuos, mais difíceis de lidar, mas com muitas posssibilidades de conexão.
A escola está desconsiderando o esporte como uma opção para as futuras gerações, não consegue se adaptar, não consegue valorizar o talento. Lembrando sempre que a escola é o reflexo mais puro do que é a sociedade.
O esporte continua sendo o grande entrave, na época do Ensino Médio a coisa explode em mil e um problemas, o garoto tem que começar a pensar no futuro, esporte de alta performance dificilmente está entre as opções, além de ser caro, não haver patrocínio etc e tal, afinal não é só o material esportivo e o uniforme, para garantir resultados é preciso contar com treinadores competêntes, além da orientação de outros profissionais.
Não estou, aqui dizendo, que acho certo levar os garotos de 17 anos para a Europa para o futebol, estou dizendo que tem de haver um meio de garantir a formação básica e o desenvolvimento sadio do esporte na vida dos adolescentes. Sem esquecer que quem é envolvido com o esporte não tem tempo de pensar besteira, de testar limite social, de transgredir as regras, o pessoal do esporte quer superar seus próprios limites, quer respeitar as regras e não precisa buscar nas drogas a emoção que não encontra na vida.
Sinto que são poucos os pais e mães que incentivam a prática de esporte, de maneira rigorosa, exigindo a prática, apoiando e até participando. Sei que são muitas as escolas que usam a Educação Física como tapa buraco, e se valem de resultados de competições escolares para o "oba-oba" básico com publicidade e tudo.
As ações governamentais são nulas, os talentos surgidos em terras brasileiras são muito mais resultado de perseverança individual, esforço familiar que mobilização oficial.
Onde está a vontade política? A responsabilidade social?
É só uma observação, claro!
2 comentários:
Tá aí, concordo com você. Vou parar de bancar a discórdia em pessoa, que defende as novelinhas e a pouca vergonha do Carnaval que se resume em bundas siliconadas. Achei bem interessante sua colocação e postura, porque as pessoas realmente não vêm a coisa por esse lado. Fiquei até curiosa pra saber mais especificamente sobre o aluno e as escolas. Hoje em dia são poucas as que valorizam o aluno por inteiro, ficam só estimulando o estudo, estudo e mais estudo, e o aluno tem que tirar 10 e blá, blá, blá. Enxergam o aluno como uma máquina de estudar. Os valores parecem mínimos perto desse método. A Arte, o Teatro, a Música já não são estimulados. E isso é lamentável.
E que história é essa de: "quem sou eu para uma proposta dessas?" Ei! Esqueceu que você é aquela que saiu no Guiness Book como mais bonita, mais inteligente e mais maravilhosa? Ganhou até da Angelina Jolie! Hahaha. Eu hein, estou te estranhando... Forrrça muié!
Concordo plenamente com seu post!
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