Nasci num mundo onde o bonito era ter peitos pequenos.
Cresci num mundo onde o legal era usar camiseta sem sutiã!
Na puberdade meus peitos cresceram mais que deveriam, com 16 eu tinha os peitos grandes e caídos, tinha que usar uns sutiãs com reforço, tamanho 46!.
Peito grande e todas as consequências disso, não era problema.
Minha questão era o ângulo de visão dos meus mamilos, o chão!
Sempre me achei gordinha, era difícil arrumar roupas e sutiãs que ficassem bem, tudo ficava muito volumoso, minha tendência era me cobrir.
Na praia e na piscina, as opções eram restritas, variavam entre os maiôs da vovó e no máximo biquínis para senhoras.
Um dia minha avó resolveu que eu estava muito tímida e me levou ao cirurgião plástico, em dois minutos ele deu o veredito, tem que operar! Não gostei do tom, voltei para meus sutiãs, sem reclamar.
Um tempo depois, uma amiga, que era assistente de um doutor bem famoso me levou ao consultório, conversamos e ele me explicou tudo direitinho, era uma coisa bem possível, passei, então a considerar a ideia, para deixar de ter o aspecto rechonchuda, já não adiantava fazer regime, meu peito era grande, eu estava cansada dos comentários, tanto das brincadeiras sem graça e dos cochichos maliciosos, quanto das palavras amenas que queriam me consolar. Meu peito era demodê, nem Lib resolvia a questão!
Uma vez achei que era a solução, grudei aquele troço no meu peito, não sustentou e o pior é que para tirar, parecia que minha alma seria arrancada junto com o colante.
Por fim, em 1985, meu pai me arranjou um médico de sua confiança, conheci o doutor, gostei dele, me pareceu sincero e realista, me explicou tudo, propôs que eu operasse na férias para não prejudicar meus estudos nem meu trabalho, assim foi. Sugeriu manter uma curva comum aos peitos das mulheres, caso "armasse" muito, poderia parecer peito de travesti, mais redondo.
Fui operada num dia de Dezembro, no mesmo dia voltei para casa.
No dia seguinte, ainda enfaixada, mas com tudo bem escondido debaixo de uma de minhas camisas costumeiras, fui com a família almoçar no clube.
Encontramos uma amiga da minha mãe, na mesma hora, antes de mais nada, já exclamou: menina, como você está magra, me conta o segredo!
Não contei, claro, mas estava comprovado, meu volume era resultado do tamanho do meu peito.
Naquelas férias, passei um mês quieta em casa, eu tinha aflição de olhar no espelho, mas não doía, eu que sou fraca e tinha a sensação que as coisas iam despencar, mas passou!
Logo pude comprar uns sutiãs bem bonitinhos, usar biquínis modernos e caprichar nos decotes mais extravagantes. Me percebi mais magra e confiante, até a barriga andou se mostrando para o mundo, eu usei mini-blusas!
Passei a ser tamanho 42, e com muita alegria meu peito passou a olhar para frente, altivo e contente!
Aos poucos a cicatriz foi sumindo, nunca incomodou, nem nunca apareceu.
Quando a filha-que-já-pode-votar nasceu, cinco anos depois, não consegui amamentar, achei que fosse consequência da cirurgia, alimentei a cria com leite A e pronto. Com o moleque nem me preocupei, dei o peito e em seguida as mamadeiras, mas pelo incrível que pareça, a Caçula mamou até os seis meses, talvez se eu não estivesse tão nervosa com o Plano Collor todo mundo pudesse ter mamado direitinho.
Resumo da ópera, operei as mamas e foi muito bom, depois de parir os três rebentos, ter engordado 30 quilos em cada uma, ter emagrecido tudo de novo, e agora lutando para voltar ao patamar anterior, meus peitos continuam bem, com um jeito natural e próprio de uma mulher de 45 anos!
Já sonhei que os peitos estavam caídos, chegavam na cintura, olhando meus pés, nessa noite acordei atordoada e fui até o banheiro dar uma averiguada, tudo no lugar, voltei para a cama!
Se você quer saber, eu acho legal fazer esse tipo de cirurgia, uma vez me perguntaram se eu nnao ia fazer uma na barriga, que ficou mesmo um tanto prejudicada, não, não vou fazer, não adianta, o caso da barriga o remédio é outro e não está à venda!
Cresci num mundo onde o legal era usar camiseta sem sutiã!
Na puberdade meus peitos cresceram mais que deveriam, com 16 eu tinha os peitos grandes e caídos, tinha que usar uns sutiãs com reforço, tamanho 46!.
Peito grande e todas as consequências disso, não era problema.
Minha questão era o ângulo de visão dos meus mamilos, o chão!
Sempre me achei gordinha, era difícil arrumar roupas e sutiãs que ficassem bem, tudo ficava muito volumoso, minha tendência era me cobrir.
Na praia e na piscina, as opções eram restritas, variavam entre os maiôs da vovó e no máximo biquínis para senhoras.
Um dia minha avó resolveu que eu estava muito tímida e me levou ao cirurgião plástico, em dois minutos ele deu o veredito, tem que operar! Não gostei do tom, voltei para meus sutiãs, sem reclamar.
Um tempo depois, uma amiga, que era assistente de um doutor bem famoso me levou ao consultório, conversamos e ele me explicou tudo direitinho, era uma coisa bem possível, passei, então a considerar a ideia, para deixar de ter o aspecto rechonchuda, já não adiantava fazer regime, meu peito era grande, eu estava cansada dos comentários, tanto das brincadeiras sem graça e dos cochichos maliciosos, quanto das palavras amenas que queriam me consolar. Meu peito era demodê, nem Lib resolvia a questão!
Uma vez achei que era a solução, grudei aquele troço no meu peito, não sustentou e o pior é que para tirar, parecia que minha alma seria arrancada junto com o colante.
Por fim, em 1985, meu pai me arranjou um médico de sua confiança, conheci o doutor, gostei dele, me pareceu sincero e realista, me explicou tudo, propôs que eu operasse na férias para não prejudicar meus estudos nem meu trabalho, assim foi. Sugeriu manter uma curva comum aos peitos das mulheres, caso "armasse" muito, poderia parecer peito de travesti, mais redondo.
Fui operada num dia de Dezembro, no mesmo dia voltei para casa.
No dia seguinte, ainda enfaixada, mas com tudo bem escondido debaixo de uma de minhas camisas costumeiras, fui com a família almoçar no clube.
Encontramos uma amiga da minha mãe, na mesma hora, antes de mais nada, já exclamou: menina, como você está magra, me conta o segredo!
Não contei, claro, mas estava comprovado, meu volume era resultado do tamanho do meu peito.
Naquelas férias, passei um mês quieta em casa, eu tinha aflição de olhar no espelho, mas não doía, eu que sou fraca e tinha a sensação que as coisas iam despencar, mas passou!
Logo pude comprar uns sutiãs bem bonitinhos, usar biquínis modernos e caprichar nos decotes mais extravagantes. Me percebi mais magra e confiante, até a barriga andou se mostrando para o mundo, eu usei mini-blusas!
Passei a ser tamanho 42, e com muita alegria meu peito passou a olhar para frente, altivo e contente!
Aos poucos a cicatriz foi sumindo, nunca incomodou, nem nunca apareceu.
Quando a filha-que-já-pode-votar nasceu, cinco anos depois, não consegui amamentar, achei que fosse consequência da cirurgia, alimentei a cria com leite A e pronto. Com o moleque nem me preocupei, dei o peito e em seguida as mamadeiras, mas pelo incrível que pareça, a Caçula mamou até os seis meses, talvez se eu não estivesse tão nervosa com o Plano Collor todo mundo pudesse ter mamado direitinho.
Resumo da ópera, operei as mamas e foi muito bom, depois de parir os três rebentos, ter engordado 30 quilos em cada uma, ter emagrecido tudo de novo, e agora lutando para voltar ao patamar anterior, meus peitos continuam bem, com um jeito natural e próprio de uma mulher de 45 anos!
Já sonhei que os peitos estavam caídos, chegavam na cintura, olhando meus pés, nessa noite acordei atordoada e fui até o banheiro dar uma averiguada, tudo no lugar, voltei para a cama!
Se você quer saber, eu acho legal fazer esse tipo de cirurgia, uma vez me perguntaram se eu nnao ia fazer uma na barriga, que ficou mesmo um tanto prejudicada, não, não vou fazer, não adianta, o caso da barriga o remédio é outro e não está à venda!
3 comentários:
Paola, que honra te receber na minha modesta casinha! Vc me fez palpitar, menina! Como já disse pra Batatinha, o meu espaço é tão caseiro, feito à mão, e com toda a precariedade que o meu analfabetismo informático comporta.
Já lí os seus posts e já percebí sintonia imediata. Ví que os males que assolam "meninas over 40" são unânimes!
A propósito, vc possui os Seios, com maíscula, o que não é bem o meu caso, que vai contra a lei da gravidade. Como pode cair algo que não existe?
Vou te adicionar tbém, com muito prazer!
Aiaiai viu, daqui a pouco ela vai falar da minha careca :o(
Luma,
Que bom!
O meu tb é caseirinho, tb sou bem analfabetinha, sim!
O caso é que eu sou metida!
Importante é que a gente, as over40, ocupemos nosso lugar!
Bjs
PAola
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